sábado, 16 de março de 2013

Artigo de Vidigal

Remelexo

 

Edson Vidigal
 
 
A não ser que entre o Brizolinha e o Lupi tenha havido um acordo sobre o qual nada transpirou até agora, a anunciada ida de Manoel Dias, um dos homens do Lupi, às vésperas da Convenção nacional do PDT, para o Ministério do Trabalho pode resultar em fragorosa derrota da oposição ao grupo que domina o partido desde a morte do seu principal líder e fundador, Leonel Brizola.

Quando a Dilma chamou o neto de Leonel Brizola às vésperas do dia 1º de maio do ano passado para ocupar o Ministério do Trabalho em substituição a Lupi, que havia sido demitido, era notório que o jovem deputado não exercia controle nenhum sobre a bancada do PDT na Câmara.

O motim contra a Dilma já estava armado pelo pessoal do Lupi. Brizolinha, inclusive, havia sido o único a votar com o Governo aprovando o Fundo de Pensão dos Servidores Públicos.

Num almoço em familia no Rio Grande do Sul, o Vieira da Cunha, grande figura humana e um dos lideres do PDT nacional, cujo nome crescia na bancada para suceder ao Lupi, disse-me então que só faltavam um ou dois apoios para alcançar a unanimidade.

Lupi ainda tentou uma lista, que incluía o Manoel Dias, mas a Dilma preferiu bancar o Brizolinha, não sendo igualmente surpresa para ninguém que no Ministério ele se fortaleceria para tirar de Lupi o PDT e, assim, inseri-lo irreversível na coligação PT-PMDB para a reeleição da Dilma. E era isso que ele vinha fazendo.

Em Minas há quem prefira um acordo ruim a uma boa briga. No Rio Grande do Sul tem muito gaúcho que discorda. O Brizolinha é carioca.
 
 

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