Amanhecendo, queria ver o sol nascer! Nada de TV nem internet: os raios solares são mais atraentes.
Tudo passa, todavia! A natureza fica desapercebida e não a percebo mais. Esqueci de ficar apreciando o sol. Volto à rotina!..., e abro o computador...
Dizem que tudo é planejado na vida da gente... Não acredito. Se assim fosse, onde estaria a nossa liberdade? Era só cumprir o planejado..., seria um saco!
Por que, então, teria eu, hoje, o destino de lembrar do Lula, agora? Foi planejado?... PQP!... Lembrei logo dele querendo ser Abraham Lincoln... Lula ter sido Lincoln?... Com certeza, seria uma reencarnação indevida, fora dos padrões estabelecidos pelo douto colégio da engenharia espiritual : um descarrilar histórico...
Se a história pega, o Sarney vai dizer que foi Daniel de La Touche, por isso, a ilha seria dele - e o Maranhão também... Direitos hereditários, diria o Dono do Mar!
Mas será coincidência? Estaria tudo planejado para acontecer hoje, logo comigo?
Pois é! Depois da lembrança de tudo isso, encontro um artigo do Jornalista Jorge Serrão abordando justamente essa "comparativa possibilista", como diria minha avó, de Lula ter sido Lincoln... Até a ilustração do artigo é genial... Vejam a imagem abaixo:
Na realidade, o artigo do jornalista Jorge Serrão não se refere à possibilidade de reencarnação. Mas é formidável, um artigo sensacional... Vale a pena ler... Clique em leia mais para ler o artigo, também:
E se Abraham Lincoln fosse ex-Presidente do Brasil?
Artigo
no Alerta Total – www.alertatotal.net
“Muita pretensão
do ex-Presidente Lula ao se comparar a Abraham Lincoln com relação à perseguição
que sofre pela imprensa e por seus opositores. Na verdade, Lula, o senhor e o PT
são realmente perseguidos por terem enganado o Brasil e seus eleitores, quando
se apresentaram como solução dos nossos problemas. Quando o sr, finalmente
chegou ao poder, seu partido, através do mensalão, provocou no País o maior
esquema de corrupção já visto na História da Nação. E o que o sr fez?
Simplesmente negou, dizendo não saber de nada e que queriam desestabilizar seu
governo. Mas, agora, ficou provado o que o sr não viu, ou que por conveniência
fechou os olhos. Lincoln foi um progressista por ideologia. Daí, para a época,
foi perseguido. Já no seu caso, acredito ser por nos ter vendido laranja e estar
entregando abacaxi”.
Magistral esta
carta de leitor publicada sexta-feira, 1º de Março deste ano da graça de 2013,
na seção “Dos Leitores” do jornal O Globo. A contundente missiva, com o título
“Lula e Lincoln”, foi escrita pelo Geraldo Lisbôa. O cidadão – meu conterrâneo
lá de Niterói (RJ) – é um conhecido craque em escrever textos curtos e grossos
para os jornais publicarem.
O editor do
jornal da família Marinho botou a mensagem do Geraldo, com destaque, no canto
superior esquerdo da página 19. Sem duvidamente (como diria Odorico Paraguaçu),
a publicação aproveitou o Geraldo para dar um recadinho ao melhor amigo da
Rosemary – moça sobre quem ele não fala publicamente há 101 dias, embora
continue sempre encontrando com ela, que vai pelo menos duas vezes por semana à
sede do Instituto Lula, no Ipiranga, em São Paulo.
Intrigado
com a comparação feita por Lula a Lincoln, recorri ao oráculo
pós-moderno. O
Google me informou, na hora, que existe um “Abraham Lincoln Institute”. Clicando
no link para a página www.lincoln-institute.org,
de imediato encontramos a finalidade da entidade: “Abraham Lincoln Institute,
Inc. (ALI), oferece educação gratuita e permanente sobre a vida, o legado de
carreira, e do presidente Abraham Lincoln. Com sede em Washington, DC, ALI
oferece recursos para educadores, lideranças governamentais e comunitárias e ao
público em geral. ALI Centro de Recursos Educacionais na última bolsa acadêmica
de qualidade. Nós apresentamos esta bolsa de estudos através de simpósios,
seminários, palestras e eventos especiais”. A ONG foi fundada em Maryland, por
Paul Verduin, em 9 de junho de 1997. Trata-se de uma organização sem fins
lucrativos que sobrevive com doações.
Maravilhado com o
Lincoln Institute, recorri novamente ao oráculo virtual para saber sobre seu
congênere brasileiro (afinal, se Lincoln já morreu e tem uma ONG, porque Lula,
mais vivo que nunca, não pode ter uma parecida). Probleminha é que a página www.institutolula.org
parece um pouco diferente. O tom dela é de exaltação da figura do mito que lhe
empresta no nome. Via Nextel 3G, apertando o botãozinho mágico do Motorola que
esquenta minha orelha, escalei a Velhinha de Taubaté para dar umas tecladas pelo
site, e ela ficou maravilhada com tantas iniciativas promovidas pela entidade
fundada por amigos fiéis de Lula, como Paulo Okamoto e companhia ilimitada.
A sempre crédula
amiga quase teve um orgasmo quando viu a foto de Lula recebendo o título de
doutor honoris causa pela Universidade da Integração Internacional da Lusofonia
Afro-Brasileira (Unilab), em Redenção, no Ceará. A idosa amente do Luiz Fernando
Veríssimo ainda tirou onda com a minha cara, zunindo no meu ouvido: "Tá vendo,
idiota! Nem precisa fazer faculdade, pós-graduação, mestrado, doutorado... Nem
precisa estudar e ler livro... Basta fazer política... Você conquista vários
títulos de Doutor Horroris Causa pelo mundo afora".
No
que ela viu que eu concordei com a tese (uma cínica monografia verbal da
estupidez academicista com direito à plaquinha e diploma), aproveitou a deixa
para tocar no caso Lincoln: “Você e todos que fazem oposição ao Lula deviam
olhar o lado bom das coisas. Se ele está se comparando a Lincoln temos o dever
cívico de lhe dar toda força. Afinal, Lincoln é um exemplo a ser seguido.
Lincoln tinha fama de corrupto? Não! O nome do Lincoln foi envolvido em algum
escândalo que deu trabalho para os velhinhos da Suprema Corte? Não! Lincoln por
acaso era pego toda hora falando mentiras? Não!”. Além disso, Lincoln era, acima
de tudo, um grande patriota.
A Velhinha de
Taubaté, depois de uma breve pausa dramática para seu chazinho, concluiu o
raciocínio otimista: “Então, se Lula se comparou a Lincoln temos de compreender
que ele só está tentando se aprimorar, para se transformar em um dos maiores
estadistas da humanidade, apesar dos críticos maldosos. E digo mais: se Lula
tivesse sido presidente dos EUA, o Joaquim Barbosa teria morrido na guerra da
secessão, e nem viveria para dar a canetada que fará o Zé Dirceu passar uns
tempinhos na cadeia, junto com a companheirada do mensalão, assim que os
atrasados Toffoli e o Lewandowski entregarem as revisões de seus votos para a
publicação do Acórdão da Ação Penal 470”.
A Velhinha de
Taubaté, que não parava de atormentar minha orelha, veio com outra tese
histórica meio esquisita: “Já pensou se o Lincoln tivesse sido Presidente do
Brasil? Não teria morrido assassinado. Até hoje, estaria vivinho da Silva,
fazendo campanha para a manutenção da aliança entre o PT e o PMDB. Aliás, o
casamento vai durar até 2018, quando o PMDB promete lançar um candidato
presidencial próprio. Pena que Lincoln não possa ser candidato em 2014. Mas vai
poder apoiar aquela amiga dele, como é mesmo o nome dela?... Ah, a Rose
Rousseff...”
Realmente, a
Velhinha de Taubaté deve ter exagerado na dose do energético misturado na
xicrinha do suspeitíssimo chá... Tirei fora a bateria do smartphone, antes que o
papo esquente mais, e ela me convença a votar no Lincoln para o Senado, tirando
o pirulito do Eduardo Suplicy. Ou me pedir para a missão impossível de demover o
Lincoln da malvada ideia de dar um pezão no lindinho Lindberg apenas para
agradar o Cabralzinho – cotado para ser vice daquela que a Velhinha chama de
“Rose”...
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