Uma meia-morada de São Luís |
Até que eram casas grandes, com três, quatro ou mais quartos e demais cômodos... Armador para redes em quase todos os cantos... Não sei o porquê as chamavam de meia-morada... Em toda meia-morada havia um corredor e quintal grande... Todo bom morador tinha criação de galinha (sempre com um galo no terreiro para cantar e baixar as galinhas)... Pela manhã, no quintal grande, havia uma corrida do galo atrás das galinhas até a baixada e o canto de vitória... As galinhas se sacudiam, depois da baixada!... Nos quintais grandes, havia pés de frutas (geralmente caramboleira, cajueiro, goiabeira, mangueira e pés de maracujá, trepando nas cercas)...
Havia também, em São Luís, a porta-e-janela (casas de uma janela só - sem corredor), as moradas inteiras (com mais de duas janelas), além dos sobradões, esses sempre azulejados - marca histórica da cidade... Uns prendados de mirante... Na praça Gonçalves Dias casas bonitas de azulejos históricas, situadas ao longo da rua dos Remédios, entre o antigo prédio onde funcionou a Faculdade de Filosofia e a Igreja dos Remédios, tendo à frente as palmeiras e os sabiás de Gonçalves Dias... "Minha terra tem palmeiras, / Onde canta o Sabiá; / As aves, que aqui gorjeiam, /Não gorjeiam como lá. // Nosso céu tem mais estrelas, /Nossas várzeas têm mais flores, / Nossos bosques têm mais vida, / Nossa vida mais amores...
Dois estilos de meia-morada... Uma ninhada de pintos, com a mãe galinha - no terreiro das meias-moradas da velha e histórica cidade de São Luís...
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