domingo, 21 de setembro de 2014

O Estado Maior não jogou a toalha, mas amarelou

Sempre entendi que pesquisa eleitoral tira a emoção do voto. Na realidade, deixa caído o adversário que se vê derrotado e sem ânimo, incapaz de avaliar que o que vale é resultado que vem da voz do povo, expressado pelo voto. Além disso, a pesquisa, divulgada entusiasticamente pela mídia, acaba influenciando na decisão de alguns milhares de eleitores... Isso não é bom.
A estatística é uma ciência, a matemática, também. Por melhores que sejam as técnicas empregadas nas pesquisas, cientificamente respeitadas, há de se perguntar: De que maneira aferir, com exatidão matemática, como uma pesquisa em que foram ouvidas 1.200 eleitores pode representar a tendência de um universo de 4 milhões e 500 mil eleitores, mesmo afirmando-se ser uma tendência?... As pesquisas podem estar tirando a emoção, o entusiasmo e a expectativa do resultado final.
Na disputa pela presidência da República, pode aparecer um resultado diferente do que apontam as pesquisas. No Maranhão, apesar do elevado percentual apresentado, tenho ainda duvidas sobre o resultado do pleito. Como irão se comportar os 4,5 milhões de eleitores no dia 5 de outubro?
Faltando duas semanas para a eleição, o que realmente poderá passar pelas cabeças de 4,5 milhões de eleitores?... 

O Estado maior amarelou

Li hoje, no Estado Maior, do jornal do Sarney, em letras piedosas e em lágrimas, sem o entusiasmo de antes, o retrato de um desânimo: o time do coronel só faltou jogar a toalha. O Estado Maior amarelou..., revelando uma oligarquia em estado funeral... Parece ser o choro de uma família lamentando o fim de um regime de meio século de domínio do "mando/quero e posso". Vejam o texto, em mares de lágrimas:

Contagem regressiva


Faltam duas semanas para as eleições gerais, quando os maranhenses irão às urnas escolher, pelo voto direto, secreto e universal presidente, governador, senador, deputado federal e deputado estadual. Isso significa que a partir de agora os candidatos entram em clima de contagem regressiva. No Maranhão, são cada vez maiores as evidências de que a presidente Dilma Rousseff (PT) caminha tranquila para ser a mais votada na corrida para a Presidência da República. Todas as pesquisas feitas até agora indicam que a presidente tem vantagem sólida, não havendo riscos de mudança nesse cenário. Assim, independente de qual seja o desfecho da eleição presidencial em todo o país, Dilma Rousseff terá a maioria esmagadora dos votos dos maranhenses. A disputa para o Governo do Estado continua em aberto, com vantagem para o candidato do PCdoB, Flávio Dino, mas com forte movimentação do segundo colocado, senador Lobão Filho (PMDB). Observadores dizem que Dino não tem vantagem tão ampola para vencer a eleição no 1º turno, e prevê até mesmo que Lobão Filho chegará à reta final em condições de levar a decisão para um segundo turno. O “já ganhou” dos aliados do candidato comunista não impressiona nem a eles próprios, porque a cada retorno do interior Lobão Filho se manifesta mais otimista. Daí tudo continuar no plano da indefinição. A disputa para o Senado parece até agora indicar mais claramente o rumo de um desfecho. As apostas no pemedebista Gastão Vieira têm aumentado significativamente. As pesquisas que antes apontavam Rocha como favorito já indicam Gastão como líder dessa corrida, numa virada com consistência. Não há como prevê ainda como será o desenho partidário da bancada federal e da Assembleia Legislativa. O que se sabe é que está em curso uma guerra ferrenha pelo voto proporcional, que tende a se tornar mais renhida nas próximas duas semanas.


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