Tem repercutido mal entre os próprios parlamentares a
postura dos deputados ligados ao futuro governo Flávio Dino (PCdoB) na
Assembleia Legislativa. Eles, que defendiam abertamente investimentos em saúde,
educação, segurança e infraestrutura, agora agem contra estes projetos,
inviabilizando até votações na Casa. Ontem, por exemplo, os oposicionistas
liderados pelo futuro chefe da Casa Civil, Marcelo Tavares, (PSB), impediram a
votação do veto a um projeto de autoria do deputado Manoel Ribeiro (PTB), que
aumenta de 25% para 30% o orçamento para a educação estadual. Apresentado desde
2013, esse projeto foi chancelado pelo próprio Marcelo Tavares e é subscrito
também por outros oposicionistas, como Rubens Pereira Júnior (PCdoB), Bira do
Pindaré (PSB) e Othelino Neto (PCdoB). Mas ontem estes deputados simplesmente
deixaram o plenário para não votar o projeto, numa prática que eles próprios
condenavam poucas semanas atrás. Mas os futuros governistas vão ainda mais
longe na mudança de prática: seu líder Marcelo Tavares simplesmente condenou
ontem a licitação do governo para contratação de empresas para gerenciar os
novos presídios, que serão entregues até o final do ano. O aliado de Flávio
Dino condenou o investimento em Segurança, que ele cobrava diariamente na
Assembleia, durante a campanha eleitoral. O governo Roseana Sarney ainda nem
terminou; e a turma que pregou a mudança de práticas durante toda a campanha
ainda se prepara para assumir o governo. Mas a mudança de postura na Assembleia
mostra que a "mudança" era "apenas de gogó", para usar um
termo da própria campanha.
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