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Jersan Araújo |
Há 45 anos denuncio e critico todos os atos autoritários e considerados irregulares praticados pelos governos chancelados pela oligarquia Sarney. No governo de Pedro Neiva de Santana fui processado por ter denunciado o filho dele, então secretário da fazenda, embora, oficialmente, a alegação tenha sido outra nota da coluna, sobre tortura a uma mulher para descobrir suposto roubo de um relógio, que teria como vítima um “barão” conhecido da sociedade maranhense. Provei tudo, mas mesmo assim, passei um mês me apresentando diariamente à Polícia Federal. Contrariando o raivoso secretário de Segurança Pública, à época, já falecido, o processo foi arquivado
Sofri outras represálias nesse percurso de vida, mas nunca
pedi arrego. Consegui manter uma linha de independência, como repórter e
cidadão. Não há arrependimento da minha parte, pois a profissão que abracei
exige sacrifícios e comprometimento de levar ao conhecimento da sociedade,
especialmente dos leitores, as boas e as más notícias do cotidiano.
Infelizmente, no Maranhão pouca coisa aconteceu para o bem coletivo. As
famílias mais poderosas (Lobão e Sarney – ou vice-versa) deixam um legado de
maus exemplos: Fraudes, corrupção, uso do poder em benefício próprio e um
rosário de atos contrários aos interesses do nosso estado, ao longo de quase
meio século, com pequenos “intervalos”.
Apesar de tudo isso considero lamentável a atitude de
parlamentares que se elegeram a sombra dessas mazelas abandonarem o barco e se
entregarem de corpo e alma à nova governança que promete ser diferente, capaz
de corrigir o errado, responsabilizar os culpados e adotar medidas em benefício
do estado e da sua população, a grande vítima de todas as atrocidades cometidas
pelos maus administradores. A oposição é necessária e salutar em qualquer
estado democrático, considerando que “toda unanimidade é burra”. Mas, ser
oposição requer coragem, independência moral e comprometimento com quem os
elegeu. E a maioria dos políticos foge desses compromissos como o diabo foge da
cruz. Quer é água fresca e a sombra do poder.
A subserviência e o puxa-saquismo são abomináveis sobre
todos os aspectos. Ir aonde não é chamado demonstra a fraqueza dos
desavergonhados. Dizem que “em se tratando de política, tudo é possível, tudo é
normal. Não! É preciso haver ética e respeito próprio. Sem esses princípios,
além de outros, o homem se desintegra moralmente. Os amigos de Roseana de ontem
agem contra ela e seguem com Flávio. Amanhã, se vivo estiverem poderão fazer o
mesmo com ele. São inconfiáveis. Ter amigos assim é melhor viver com os
inimigos. Como repórter e observador eu já constatei lideranças até então
sarneysistas e lobistas revelarem suas “simpatias” pelo futuro governo o que
significaria dizer que “esses santos querem reza.”
Desejando a Flávio Dino e equipe um promissor governo
voltado para o restabelecimento da seriedade e da responsabilidade, a coluna
entra em recesso e, se vivo estiver, com a graça de Deus estaremos de volta
neste espaço a partir do primeiro domingo de fevereiro / 2015. Aos leitores,
aos amigos e ao povo maranhense e brasileiro, desejamos um Feliz Natal e um
Próspero e venturoso Ano Novo. Fiquem com Deus, pois, eu e a minha família
seguiremos com Ele.
A DESPEDIDA DE SARNEY
O senador amapaense, José Sarney, finalmente reconheceu, no
discurso proferido na tribuna do Senado Federal, na sessão da última
quinta-feira (17) os erros que cometeu no curso de 60 anos de vida pública.
Mostrou-se vítima dele próprio, da sua ganância e da vaidade pessoal. Lamentou
não ter abandonado a política após cumprir o mandato de presidente da
República, no lugar de Tancredo Neves, que morreu, antes de assumir o cargo.
Mas não se redimiu dos entraves que criou, deliberadamente e por vingança
contra Zé Reinaldo, prejudicando o desenvolvimento do Maranhão. Não falou dos
abomináveis Atos Secretos, como presidente do Senado Federal que beneficiaram
amigos e parentes seus, contribuindo para significativo aumento do déficit
público. Mas, pelo menos, desta vez ele falou a verdade: vai se aposentar,
vestir o pijama definitivamente. Ou será que não?
CASTELO VENCEDOR
O ex-prefeito de São Luís, deputado federal já diplomado
João Castelo, venceu, na Justiça, outra batalha contra o Ministério Público
que, através de um promotor tentou comprometê-lo por ato de improbidade
administrativa. A decisão faz justiça ao ex-prefeito, reconhecido como um dos
melhores administradores que passaram pela Prefeitura e pelo governo estadual.
Embora tenha enfrentado inúmeras dificuldades diante de ações dos seus
adversários, João Castelo venceu etapas, ajustou a máquina administrativa que
se encontrava totalmente “enferrujada” e executou uma administração admirável
por grande parcela da população. Agora, como deputado federal vai ajudar o
governo estadual e o povo maranhense na Câmara dos Deputados, em Brasília,
apresentando projetos e sugestões em benefício de todos. É a meta. A disposição
desse político dedicado defensor dos interesses do seu estado e do seu povo.
O ROMBO
O governador Flávio Dino assumirá o governo no dia 1° de
janeiro sem saber o tamanho do rombo financeiro deixado pelo por Roseana e
auxiliares. Queixa-se o futuro Flávio Dino da falta de informações nesse
sentido. Mas, ao assumir as rédeas da administração poderá instituir uma
auditoria, tomar conhecimento de tudo, denunciar e buscar na justiça o
ressarcimento ao estado o produto de suposto roubo. Auditoria neles!...
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