O líder da bancada do PT na Assembleia Legislativa do
Paraná, deputado Tadeu Veneri, disse nesta terça-feira, 2, que o governador
Beto Richa ocultou da população do Paraná a realidade econômico-financeira do
Estado durante a campanha eleitoral. A crítica de Veneri foi feita após a
leitura de um pacote de mensagens do governo do Estado que, entre outras
medidas, vai cobrar contribuição previdenciária de servidores inativos, aumenta
o ICMS da gasolina em 1% e a alíquota do IPVA (Imposto Sobre Propriedade de
Veículos Automotores) de 2,5% para 3,5%, o que pode gerar um reajuste médio de
40% sobre o valor do imposto.
”O responsável por tudo isso é o governador com sua administração
inconsequente, gastando mais do que poderia. A realidade oculta no período
eleitoral se mostra agora nas mensagens que vieram à Assembleia Legislativa”,
disse Veneri.
Ele destacou que, apesar dos inúmeros alertas feitos pela
oposição sobre a desordem financeira estadual, o governador do Paraná sempre
garantiu à população que a situação estava sob controle. “Agora, vemos um sinal
claro de que o estado está em situação de dificuldade econômica e financeira. E
não é transitória. Não bastaram as medidas de anistia para recuperar créditos.
O estado vai entrar num terreno de cobranças de inativos. Vai mexer no bolso
dos aposentados. Vai penalizar a população com aumento de impostos”, afirmou
Veneri.
“A população não pode ser mais onerada do que está. Gastou
mal. Todas estas medidas são para salvar o caixa de 2015. Não dá para tapar o
sol com a peneira. O governo assume agora que está quebrado”, disse Veneri. “O
que nós questionamos é que o governo já sabia disso há mais de seis meses. E
não tomou nenhuma providência. Esperou passar a eleição, o segundo turno da
disputa presidencial e agora, premido pela necessidade, revela a verdade. Mas,
antes, traçou um cenário de fantasia para a população”, afirmou o líder da
bancada do PT, acrescentando que todas as promessas feitas pelo governador
durante a campanha eleitoral irão “virar pó”.
Veneri disse que, a partir de agora, o governador do Paraná
não vai mais poder usar o governo federal como bode expiatório dos problemas do
Estado.
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