domingo, 5 de abril de 2015

Bilhete ao Generaldino

São Luís. 5 de abril de 2015


Meu caro Generaldino,

Saudações!

Existem apontamentos históricos informando que José Bonifácio de Andrada, escritor, jornalista, poeta e estadista do Império morreu dia 5 de abril de 1938 – outras notícias dizem que foi dia 6... Acho ser confusão de um dia para o outro: deve ter sido atrapalhamento de passagem das 24 horas de um dia para zero hora do outro... De qualquer maneira José Bonifácio faria hoje 177 anos se vivo fosse e, com certeza, estaria envergonhado com essa tal de Lava Jato, com troco de Mensalão...

Naquele tempo era diferente! E muito diferente! A internet nem sonhava que um dia estaria aqui...

Mas não posso ficar falando mal da internet. Ela é muito boa se bem usada! Ela me leva a conhecer novos fatos e buscar novos aprendizados... Diverte-me!... Agita-me, também!... Ganho amigos e ganho amigas!

Disse ontem pra minha esposa que adoro ser aprendiz!... Sou aluno!

No caso do Bonifácio, o "Patriarca da Independência" (isso aprendi no antigo curso primário), fui buscar algumas curiosidades e encontrei esta aí abaixo:

Conta-se, e vou contar: 

"Certa vez, José Bonifácio recebeu o envelope contendo seus vencimentos de ministro e os colocou dentro do chapéu. Ao sair, deixou-o na cadeira do teatro e esqueceu que o dinheiro estava ali. Chegando em casa, lembrou-se do dinheiro e não mais o encontrou. De alguma forma, o Imperador soube do fato e ordenou a Martim Francisco, então ministro da Fazenda, que pagasse novamente a José Bonifácio o salário do mês, ao que o ministro da Fazenda se recusou dizendo que "o Estado não é responsável pela displicência de seus empregados", e continuou: "O máximo que posso fazer é dividir meu pagamento com ele". E assim foi feito”.

Meu estimado Generaldino, nestes tempos de Lava Jato e Mensalão, o governo do PT não faria assim. A contabilidade petista é bem diferente!

Mas meu estimado Generaldino! Upa!... Ficou zangado? Meu nobre Generaldino é petista?

Ué!... Então vou contar-lhe outra história... Sou um contador de histórias!

Li agora – O HOMEM, ESSA PANTERA! – artigo de autoria do saudoso poeta e escritor maranhense Amaral Raposo (escrito e publicado na imprensa do Maranhão no dia 27 de outubro de 1964). E ele – o Amaral - começa escrevendo:

“Há cerca de quatro ou cinco dias, estávamos, à noite, na Praça João Lisboa, o Dr. Michel Nazar e eu, quando um motorista do Nordeste nos disse o seguinte: Não vou mais à outra banda do Tocantins. É uma terra braba. O povo dali não tem coração. A lei, ali, é a lei da peixeira  e do 32. Quanto mais o sujeito mata, mais prestígio tem...”

Meu caro Generaldino, não sei se naquela época – há 51 anos – aquele motorista do Nordeste exagerou ou não sobre o que ele chamou de lei da peixeira e do 32... Mas, hoje, a violência está mais evidente, mais apavorante: vivemos trancados em nossas casas, entre grades de ferro..., com medo... Andamos nas ruas com medo... Vivemos o terror do medo!...     

De HS, direto do infinito...

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