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“Lula está certo mas tenta tirar o dele da reta”, por
Alberto Goldman
Lula sabe o que está falando: “o PT está velho, viciado em
poder, apegado a cargos, empregos, vitórias eleitorais, perdeu sua capacidade
de gerar sonhos e utopias, não mobiliza mais as multidões, a não ser em troca
de dinheiro, se afastou da juventude e hoje está diante de uma encruzilhada”.
Ele disse tudo.
Sim, eu já escrevi sobre isso. É o fim de uma era. De certa forma é uma
tristeza vermos um partido que juntou muita gente boa, com entusiasmadas
esperanças de poder construir um país melhor, ter se tornado a escória da
política, no mesmo saco com o que sobrou do PMDB, outrora uma bandeira de
progresso e mudança, e com o PP, refugo dos sobreviventes que apoiaram a
ditadura.
É por isso que chora o Lula, visivelmente deprimido. Em resumo seu partido só objetiva dinheiro e
poder. E poder para fazer dinheiro. Perdido o poder, perderá o dinheiro. E será, se puder se reinventar, ainda um partido
de respeito, mas não o do passado pois se supõe que que tenha aprendido alguma
coisa nesses longos anos de comando do governo federal.
A pergunta que clama é: o Lula não tem nada a ver com esse
infausto destino do seu partido? Não foi
ele que o liderou na conquista da presidência da República? Não foi ele o
comandante todo poderoso no seu governo?
Não viu, nem ouviu, o que todos nós estávamos vendo e ouvindo, isto é, o
processo de apodrecimento do partido, do governo e dele mesmo? Quer tirar o dele da reta?
Com todo esse arroubo de pretensa honestidade ele não
deveria fazer um mea culpa, uma auto crítica?
Ou será que os responsáveis são o José Dirceu, o Genoino, o Vaccari e
agora também a Dilma?
Já que a retirada deles – o PT – é inevitável, que o façam se conturbar ainda
mais o país. Quanto mais cedo, melhor
para o Brasil. Já estamos sofrendo muitos pelo caos que eles instalaram na
nossa vida econômica e política. Aí o
Lula poderia ter um papel que o redimiria, em parte, dos seus desatinos.
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