Em 22 de setembro de 2011 foi assinado o termo de cooperação entre a Companhia de Habitação do Paraná (Cohapar), Secretaria de Agricultura e Abastecimento e o Instituto Emater para a atuação no Programa Nacional de Habitação Rural (PNHR). Quatro anos depois da assinatura, o Paraná se destaca o segundo Estado que mais contratou moradias rurais em todo o País.
São 13 mil famílias atendidas. Dez mil delas já moram em
suas novas casas. Outras três mil moradias estão em construção mais 5,6 mil
unidades em projeto, aguardando contratação. Os investimentos ultrapassam R$
337 milhões e está prevista a destinação de mais R$ 160 milhões para novos
projetos.
O presidente da Cohapar, Abelardo Lupion, afirmou que o
programa de moradias rurais no Paraná é um dos mais exitosos em desenvolvimento
no Estado. “Este é um trabalho que realmente resgata o pequeno agricultor,
aquele que não saiu de sua propriedade, que acredita naquilo que faz. Estamos
dando a oportunidade das famílias permanecerem no local onde sempre viveram de
criarem seus filhos e colocarem seus descendentes dentro do processo agrícola
ou pecuário”, disse.
Lupion ainda citou a criação do Fundo de Combate à Pobreza
como forma de manter o atendimento as famílias de pequenos produtores. O
anteprojeto de lei que cria o fundo foi enviado pelo Governo à Assembleia
Legislativa. Trata-se de um instrumento previsto na Constituição Federal, que
prevê o aporte de recursos em áreas importantes para o desenvolvimento do
Estado, como nutrição, educação, saúde, assistência social e habitação popular.
A proposta encaminhada pelo Governo prevê a destinação de R$ 400 milhões para o
fundo.
“Vamos trabalhar junto com a Secretaria do Trabalho e
Desenvolvimento Social, atuando nas áreas onde temos grande carência de
habitação, nas regiões mais pobres do Estado, resgatando a história do Paraná”,
destacou Lupion.
De acordo com o secretário da Agricultura e do
Abastecimento, Norberto Ortigara, o programa de moradias rurais é uma das mais
significativas intervenções do poder público. “Não se trata apenas da melhoria
da qualidade de vida de milhares de famílias de pequenos agricultores, que desenvolvem
a agricultura familiar no nosso Estado. É também a concretização do sonho da
casa própria e do resgate da cidadania destas famílias, que por muitos anos
residiram em condições precárias e sem as mínimas condições de infraestrutura”,
disse.
O secretário acrescenta que o sucesso do Programa e o
alcance das metas estabelecidas, mesmo antes do prazo previsto, é o resultado
de uma vitoriosa parceria e da dedicação de técnicos da Cohapar, Secretaria da
Agricultura e Emater, com o apoio das prefeituras. “Hoje, todos os envolvidos
se sentem gratificados com a oportunidade de ofertar melhores condições para a
permanência destas famílias no meio rural”, concluiu.
Rubens Niederheitmann, diretor-presidente da Emater, disse
que a parceria entre os órgãos estaduais é fundamental para o sucesso do
programa. “O Programa Nacional de Habitação Rural trouxe uma mudança radical na
qualidade de vida das famílias rurais. Tivemos no Paraná um avanço
significativo no número de habitações no campo. E vamos continuar atuando de
forma integrada para que os agricultores continuem ganhando, pois ao conquistar
uma casa de qualidade, melhoram a produtividade e, consequentemente, a renda
familiar”, afirmou.
DIGINIDADE – Entre as milhares de famílias atendidas,
algumas têm histórias ficaram que ficaram na memória das equipes que fizeram o
atendimento. Um exemplo é a dona Dalvina Oliveira França, que aos 102 anos
recebeu as chaves da sua moradia, em julho de 2013, em Ortigueira. Ela e o
filho moravam em um paiol e nunca tiveram banheiro em casa. Desde a mudança,
ela disse que tudo ficou melhor.
“Mudou bastante a nossa vida, estou muito contente, é muito
joia viver nessa casa nova”, disse ela. “Lá no paiolzinho molhava tudo quando
chovia e aqui não, é só felicidade”, disse dona Dalvina, prestes a completar
105 anos de vida.
O casal Epifânio e Isabel Áglio, de Iguaraçu, foi o primeiro
a receber as chaves da casa do programa de Moradias Rurais, em agosto de 2012.
Após três anos morando no novo local eles contam que a vida só melhorou. Eles
moraram durante 48 anos em uma casa de madeira, com frestas e depredada pelo
tempo. “Agora é tudo de bom, uma moradia nova é sempre uma vida nova. A casa de
material é mais muito mais segura”, conta Isabel.
Ela disse ainda que ficou muito melhor para limpar a casa.
“Facilitou a minha vida, pois agora não entra água quando chove, não entram
bichos, está uma maravilha. A gente foi criado na roça, nunca tivemos vontade
de mudar para a cidade e agora com essa casa nova, com mais conforto, é que não
vamos mesmo”, contou.
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