Estamos voltando para o futuro – destino de todos que aqui
estiveram e dos que aqui ainda estão. Não há escapatória: o orgulho é uma
idiotice sem tamanho que só cabe na cabeça dos imbecis.
As glórias da “Vila famosa” cada dia se distanciam mais. Tem
chegado, constantemente, a hora do retorno de muitos. Faz pouco tempo, com
poucos meses de intercessão perdemos Pivide, Maçarico e Coelho. Um trio da
mesma família que deu glórias e reconhecimento ao bairro do Anil.
Depois foi a vez de Jacinto. No ano passado a volta foi
marcada para Ademir Marreiros, uma mistura de profissional-amador e esteio
reconhecido na conquista da Copa Arizona pelo estado do Maranhão. No começo
deste mês de maio, voltou Alencar que, embora nascido em Coroatá teve brilho
inconfundível no futebol anilense.
Para as 18 horas deste 30 de maio de 2016, foi marcada a
Missa de Sétimo Dia pela passagem de Gojoba, a ser realizada ali mesmo próximo
de onde residia – no Planalto Pingão. Na realidade, JOSÉ RAIMUNDO MORAES,
famoso no futebol brasileiro como Gojoba.
Menino que “engrossou as pernas” jogando no futebol amador
do Anil dos áureos tempos da Vila Famosa, Gojoba nos deixou. Vítima do
Parkinson, na realidade “descansou”. Sofreu muito – e o que mais a família
sentiu, junto, foi o esquecimento de alguém que deu tantas alegrias a tanta
gente.
Gojoba |
Profissionalmente, Gojoba, deu títulos e status ao Moto
Club, onde iniciou. Voou para Recife, onde defendeu o Sport e a seleção
brasileira, atingindo o ápice da glória. Defendeu, ainda no auge da forma
técnica, a camisa do Ceará Sporting Club e ali tornou-se um dos maiores e
reconhecidos ídolos. Voltou para o futebol maranhense e formou peça importante
na conquista do título brasileiro de 1972.
Parou de jogar profissionalmente. Desenhista Técnico
profissional, entrou para a CEMAR (onde aposentou-se) e, para não ficar
distante dos campos, preencheu o tempo ocioso “ajudando” a meninada que jogava
no Grêmio Lítero Recreativo – era, teoricamente, o retorno ao Anil.
Diferentemente dos tempos idos, só alguns amigos mais
próximos sabiam do sofrimento de Gojoba – acometido de uma doença que ainda não
tem cura - e da família. Deus, o Criador, o premiou com o descanso.
Na crônica esportiva poucos souberam do fato – a nova
geração é diferente das gerações de antigamente – e os dois clubes com os quais
ele contribuiu com a beleza e a eficiência do seu futebol, não lhe prestaram
nenhuma homenagem. Sequer foi respeitado um minuto de silêncio.
Um ídolo não merece isso. O erro imperdoável (principalmente
pelo Sampaio Corrêa) precisa ser corrigido imediatamente.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Este blog só aceita comentários ou críticas que não ofendam a dignidade das pessoas.