Ao ser apresentado como novo líder do governo do Senado, Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP) sublinhou nesta terça-feira (31) o papel do Legislativo na elaboração das medidas necessárias para restabelecer a esperança no Brasil e “fazer a máquina da economia voltar a rodar”. Ele admitiu que o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff causa acirramento entre as facções políticas, mas declarou esperar que governo interino de Michel Temer e a oposição possam dialogar não somente em torno de questões econômicas. Para Aloysio Nunes, o entendimento deve se estender a uma agenda mais ampla, como as reformas política e eleitoral.
— Todos nós temos a sensação de que esse sistema está
falido, está em colapso profundo. Precisamos nos entender para encontrar os
corretivos eficientes para, acima das divergências partidárias, dar aos
brasileiros confiança nas instituições políticas — declarou.
Ao apresentar Aloysio Nunes como novo líder do governo, o
senador Aécio Neves (PSDB-MG) disse contar com a participação do Congresso na
superação da crise. Para ele, a autoridade de seu colega de partido, adquirida
na experiência política, é importante para que o governo de Michel Temer avance
nas reformas do Estado.
— Nenhum [senador] tem o conjunto das qualidades que
apresenta o senador Aloysio na sua história de vida e na sua experiência. O
Brasil de hoje precisa, mais do que nunca, de entendimento e coragem — Aécio
Neves.
Entre os senadores que discursaram cumprimentando Aloysio
Nunes Ferreira, Eunício Oliveira (PMDB-CE) alertou para as dificuldades da
tarefa, mas declarou-se confiante no entendimento. Tasso Jereissati (PSDB-CE)
enalteceu o espírito público de Aloysio, que
“enriquece” o governo e o Senado num momento delicado da política,
enquanto Cássio Cunha Lima (PSDB-PB) ressaltou o compromisso de seu partido com
o fim da crise econômica.
Da Agência Senado
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