AGOSTO FATAL PARA DILMA ROUSSEFF
A presidente afastada do cargo, Dilma Rousseff perdeu na
Comissão Especial do Impeachment por l4 a 05 votos. Na sessão do plenário do
Senado marcada para começar na próxima terça-feira (09), a previsão é a de que
pelo menos 60 senadores deverão votar pela continuidade do processo que terá
desfeche no final do mês. Na sessão desta terça seriam necessários apenas 54
votos dos 81 senadores que deverão participar do debate seguido da votação.
O parecer do relator, senador Antonio Anastasia (PSDB-MG),
na opinião da grande maioria dos senadores prova, sem dúvidas, que a Sra. Dilma
Rousseff cometeu crime de responsabilidade fiscal, pedaladas fiscais e atentou
contra a Constituição Federal em 2015, objeto do processo instalado na Câmara
Federal e hoje em tramitação no Senado Federal.
Apenas os representantes do PT, do PCdoB e parte do PDT,
além da ex-ministra Kátia Abreu (PMDB) somaram os 05 votos contra o relatório e
devem se posicionar contra a matéria no plenário. Na bancada majoritária do
governo, porém, há grande otimismo e a contabilidade feita pelos senadores mais
pessimistas superam os 54 votos necessários nesta penúltima fase do processo e
de 65 votos na votação final. Confirmada essa decisão, resta a Lula preparar um
sonoro “adeus querida!”
Mas, mesmo entendendo que a derrota é absolutamente
certa, senadores contra o impeachment não desistem e tentam, em vão, com
argumentos esdrúxulos mostrar que a petista é inocente e caracterizam o
impedimento dela como um “golpe” sem precedente na historia e na democracia.
No Palácio do Planalto o presidente em exercício Michel
Temer e seus ministros torcem por um desfecho mais rápido possível para que o
país possa sair da crise avassaladora em que se encontra e para que o Congresso
Nacional, uma vez livre dessa discussão, possa se debruçar, estudar e votar as
matérias importantes que tramitam nas duas casas legislativas e que darão ao
Brasil a possibilidade de avançar na busca do equilíbrio fiscal e no seu
desenvolvimento econômico.
EDUARDO CUNHA
O ex-presidente da Câmara Federal, deputado Eduardo Cunha
(PMDB-RJ), continua se articulando com setores do partido e com parlamentares
de sua confiança para se livrar da cassação pelo plenário da Câmara o que
deverá acontecer dentro de poucos dias. A luta de Eduardo Cunha, para não
perder o mandato dura meses. “É uma luta desgastante. Ele é um homem corajoso e
destemido. Ele foi agredido inúmeras vezes da tribuna e nunca reagiu. Ouviu
tudo calado. Só não se sabe o que ele tem guardado para delatar quando tudo
terminar” – alertou um deputado maranhense – acrescentando que nos bastidores o
comentário é de que Cunha não ficará em eterno silêncio.
CONVENÇÕES MUNICIPAIS
Encerrou-se o prazo para a realização de convenções
municipais para a homologação dos candidatos aos cargos de prefeito,
vice-prefeito e vereadores que concorrerão às eleições do dia 02 de outubro.
Até o próximo dia 15 todos os postulantes deverão encaminhar aos cartórios
eleitorais os pedidos de registros de suas candidaturas, anexando os documentos
exigidos por lei.
Alguns políticos ficha suja se ampararam em liminares
para pedirem o registro de suas candidaturas e deverão concorrer sub-júdice e
correndo o risco de “ganhar e não levar”, isto é, ser cassado de acordo com a
legislação eleitoral em vigor.
EM SÃO LUÍS
A deputada federal Eliziane Gama (PPS) é candidata ao
cargo de prefeito da capital, tendo como vice o tucano e decano vereador José
Joaquim Guimarães Ramos, indicado pelo deputado João Castelo, com o apoio do
suplente de senador e presidente do PSDB de São Luís, Pinto Itamaraty. O
prefeito Edvaldo Holanda Jr, (PDT) como já era esperado, fechou a chapa com um
vice do PCdoB de Flávio Dino que afirma sua decisão de não participar
pessoalmente da campanha porque existem outros candidatos de partidos que
integram a aliança que o fez governador do Maranhão, a exemplo de Eliziane
Gama.
PMDB E PSB
O PMDB, que tem como candidato a prefeito o vereador
Fábio Câmara, ganhou o apoio do Partido Republicano Progressista (PRP),
comandado pelo ex-vereador Severino Sales que elogiou a luta de Câmara em favor
de São Luís. O candidato peemedebista tem como companheiro de chapa (na vice) o
coronel da Polícia Militar Flavio de Jesus, que terá como missão principal
tomar conta da segurança pública da capital. Já o0 PSB, sem alternativa, aderiu
à candidatura de Wellington do Curso (PP).
ESFORÇO INÚTIL
Em que pese o esforço de alguns assessores do prefeito
Edvaldo Holanda Jr tentando passar a mensagem sua provável reeleição logo no
primeiro turno da eleição, observadores mais isentos entendem que essa
possibilidade é remota ao admitirem que todos os candidatos apresentam
condições de aumentar suas votações no decorrer da campanha e que o prefeito
não alcançará os 50% mais um dos votos
que seriam necessários para a sua vitória no primeiro turno.
EM SÃO JOÃO BATISTA I
O prefeito Amarildo Pinheiro aceitou, por se considerar
rejeitado pelo povo, a imposição do seu grupo político e abdicou de concorrer à
reeleição, homologando, em seu lugar o nome do vereador Luis Everton (PCdoB)
que estaria juntamente com mais sete atuais vereadores, envolvido no desvio de
verba do FUNDEB, denunciado pelo presidente do Conselho do FUNDEB e
comerciantes da cidade. Os comentários em São João Batista, porém, dão conta de que o candidato, por ser do
partido político do governador Flávio Dino e manter com este, laços de amizade,
ficaria imune de qualquer ação judicial. Há quem acredite, por outro lado, que
o governador não participará da campanha e nem defenderá políticos envolvido em
atos ilegais. O deputado Waldir Maranhão (ex-PP) prestigiou a convenção.
EM SÃO JOÃO BATISTA II
O principal adversário do grupo político do prefeito é o
engenheiro João Dominici que além de liderar as intenções de votos, é candidato
do PSDB, partido aliado do governador Flávio Dino que tem como vice-governador
o tucano Carlos Brandão. Por essa razão Dino não participará da campanha
naquele município, fato que colocará por terra as declarações de Everton e seus
aliados falastrões. Até ontem, às 10 horas, quando enviamos esta coluna à
publicação, ainda não havia sido definido o nome do vice do candidato de
Amarildo.
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