Estou na escotilha
Olhando o mar
Gravamos palavras
No corpo do tempo
Você sabe quem sou?
Sou o sol, sou a lua
Sou os quatro elementos
Sou você!
Eu sou a formiga dormideira
E a águia cega
Sou a cigarra muda
E o leão paralítico
Eu sou um ser invisível
Que grita: perdão
Perdoe-me por ser consciente
Por ser crítica, um estorvo
Por ouvir o lamento dos inocentes
Ser a razão dos loucos
Perdoe-me por não ter ambição
Não ser quem imaginou
Eu sou o tempo
E a falta dele
Eu sou o mendigo e o ricaço
Eu sou o verme e o corpo
Eu sou a vitória e o fracasso
Eu sou o futuro e o passado.
(Anaira Mafeoli)
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