A diretoria da Chapecoense, que perdeu quase todo o elenco entre os 71 mortos do acidente aéreo ocorrido na Colômbia na madrugada desta terça-feira, ofereceu a Arena Condá aos parentes das vítimas para a realização de um funeral coletivo.
"A sugestão do clube é fazer aqui no estádio um
funeral coletivo", declarou o secretário-geral da Confederação Brasileira
de Futebol (CBF), Walter Feldman, em entrevista coletiva improvisada sobre o
gramado da Arena Condá.
O representante da CBF confirmou que neste momento há
vários aviões da Força Aérea Brasileira (FAB) na cidade de Manaus à espera da
conclusão dos trabalhos de identificação para realizar a transferência dos
corpos a Chapecó, em Santa Catarina.
Feldman comentou que a transferência para Chapecó pode se
limitar aos jogadores da Chapecoense, já que os parentes das demais vítimas
podem preferir que os corpos de seus entes queridos sejam levados a outros
destinos.
O dirigente se mostrou otimista sobre o rápido
reconhecimento das vítimas do acidente porque a aeronave não explodiu, o que
permitiu que todos "os passaportes sejam identificados".
"A transferência dos parentes (a Medellín) não será
necessária", afirmou Feldman, que confirmou que o governo da Colômbia
pediu a colaboração de um técnico ligado ao Instituto Médico Legal (IML)
brasileiro para acelerar o processo.
A CBF tinha colocado à disposição dos parentes das
vítimas um avião para uma possível ida à Colômbia, o que acabou não sendo
necessário. No entanto, decolou de São Paulo outra aeronave com parentes de
jornalistas mortos e funcionários da CBF e da Chapecoense.
Feldman expressou a solidariedade da CBF com os parentes
das vítimas e com o clube, pelo qual a entidade fará "todo o
necessário" para ajudar na "reconstrução".
O acidente aconteceu por volta da 1h (horário de
Brasília) desta terça-feira nas imediações da montanha El Gordo, na jurisdição
do município de Unión, na província de Antioquia (noroeste), próximo ao
aeroporto José María Córdova de Medellín, situado no município vizinho de
Rionegro.
A Chapecoense viajava a Medellín para enfrentar na
quarta-feira o Atlético Nacional pela partida de ida da decisão da Copa
Sul-Americana.
Na aeronave acidentada, da companhia aérea boliviana
Lamia, viajavam também dirigentes, integrantes da comissão técnica e convidados
especiais do clube, assim como jornalistas, segundo a Aeronáutica Civil da
Colômbia (Aerocivil).
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