Hélcio Silva
Minha 2ª crônica de hoje
(20 / 11 / 2016)
O artigo do Sarney - O medo como intimidação - faz lembrar a história.
Eu já vivi etapas históricas da política maranhense e lembro o vitorinismo.
Quando Vitorino chegou ao Maranhão, pelas mãos do coronel
Marins de Almeida (Antônio Martins de Almeida), ninguém imaginaria que nosso
Estado ficaria, por um bom tempo, subordinado à chibata dos vitorinistas.
Ninguém dava um pio contra o todo poderoso Vitorino de
Brito Freire...
Acabou-se o vitorinismo. Entra em cena a Oligarquia Sarney
, nos moldes também do quero, mando, posso e faço! É isso mesmo, coisa desse
jeito!...
Chega então, nos nossos dias, o “salvador”, a anunciada
mudança, a liberdade em novos tempos, o Maranhão de todos...
Tudo mentira!
O governador de hoje é vaidoso, mandão, cacique,
coronel... e se acha acima de tudo. Pensa que o Maranhão é dele!
A história, bem pesquisada, dirá sem medo: é uma mistura
de Martins de Almeida com Vitorino... (quem conhece a história sabe o que estou
dizendo).
E, por isso, abriu a porteira para o artigo do Sarney - “O
medo como intimidação” - que coloca com clareza a verdade sobre o novo governo
de hoje que persegue, que intimida; embora tenhamos a consciência que o
ex-presidente também não é Santo nem Anjo de asa branca!
È verdade! Uma coisa é verdade: Aliados e adversários têm
medo do novo Rei...
O Maranhão, em pleno século XXI, é território político do medo.
O que o novo Rei pensa é lei... e se não é... será!
E é justamente por esta razão que o Sarney também usou a
poderosa arma de jornalista e escritor, com a alma de quem está preparado para
o duelo... E aí diz em seu artigo:
“No Maranhão hoje o medo é esse instrumento, utilizado
politicamente. Todos têm medo: os comerciantes têm medo das fiscalizações
dirigidas; os políticos têm medo das comissões de inquérito, semelhantes às da
Inquisição, que levavam às fogueiras; os funcionários têm medo das ameaças e
das demissões; cada cidadão tem medo de uma forma de perseguição. Uma denúncia
aqui, uma demissão acolá, uma ameaça mais além, chantagens, pressões,
insinuações, calúnias, difamações, falsidades… Tudo isso rasga a coesão social,
rompe a vida
das famílias, mina o futuro.”
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E eu aqui, no meu cantinho, amedrontado, tremendo e
assustado, não coloco nem a cabeça de fora: tenho medo até do visconde!
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