Carnaval, considerada a maior festa popular da
Humanidade, surgiu na Antiguidade entre os povos hebreus, gregos e romanos.
Eram festejos pagãos que serviam para celebrar colheitas e louvar a alguns
Deuses, inclusive Saturno, deus da Agricultura, através das comemorações
chamadas "saturnais". Em carros alegóricos, que levavam homens e
mulheres nus, o povo enlouquecido e envolvido por aquelas vibrações
inebriantes, deixava entrever o “carnis levale”, que significa "retirar ou
ficar livre da carne", a fim de viver intensamente aquele momento regado
de paixões delirantes. Tudo era possível, tudo era permitido. Segundo
historiadores, era a preparação para um grande período de abstinência e que
viria logo após aquela festa, numa tentativa da Igreja Católica se enquadrar
numa festa pagã.
No Rio
de Janeiro, a situação não é diferente. O Guinness Book como o maior Carnaval
do mundo, com um número estimado de 2 milhões de pessoas, por dia, nos blocos
de rua da cidade. É a festa da liberação, do tudo pode, regada a altos índices
de morte e violência.
Nós que
já estudamos a Doutrina Espírita, sabemos que os mundos corpóreos e
extracorpóreos estão interligados, e na festa da carne, aqueles que ainda se
comprazem com os prazeres desordenados que se apresentam na terra, se afinizam
ainda mais àqueles que com os mesmos pensamentos se deleitam e se comprazem em
atitudes correlatas, formando um cordão de encarnados e desencarnados unidos
pela loucura.
Segundo
os benfeitores espirituais, o carnaval ainda guarda vestígios das festas
mundanas da Antiguidade. Regado a todo tipo de exageros, o carnaval possibilita
a ação de irmãos menos felizes que ainda se deleitam com as vibrações que
conseguem extrair dos foliões encarnados.
Na
palavra do médico dos pobres, Doutor Bezerra de Menezes, como nosso imperativo
maior é a Lei de Evolução, um dia tudo isso vai passar, todas as manifestações
ruidosas de nossa inferioridade desaparecerão da face da Terra. Nosso intuito é
caminhar sempre para a luz e, assim sendo, todas essas emanações darão lugar
aos nossos melhores sentimentos. Será o homem despertando para a beleza e para
os espetáculos de arte, para a boa música, sem os arroubos da carne e do
desregramento doentio que ainda se vê em nossos dias.
Aqueles
que insistem em buscar esse intercâmbio, durante o sono, segundo nos esclarecem
os espíritos, frequentam as regiões de baixo teor vibratório que atraem os
espíritos desequilibrados e desses seres, mas porque a eles se ligam pelo
pensamento, acolhendo as tendências de cada um como ímãs que se atraem para o mal.
Ao
estudar a palavra educativa do mundo espiritual, nosso propósito se torna a
domar as tendências animalescas que ainda existem em nós, buscando a nossa
reforma íntima e tentando aplicar novas atitudes através da prece e da leitura
edificante.
Há os
que preferem os retiros, isolando-se em regiões bucólicas. Os jovens espíritas
buscam ambientes juvenis de estudo e música; tomemos como exemplos de nossas
Comeerj’s, onde num ambiente sadio os jovens oram, aprendem um pouco mais sobre
a eternidade da vida e a qualidade de nossas vibrações.
Afinal,
esse deve ser o nosso ponto de equilíbrio.
*Fátima Moura é escritora.
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