Edgard Júnior, da ONU News em Nova Iorque.
A Organização Mundial da Saúde , OMS, alertou que mais de
300 milhões de pessoas sofrem de depressão no mundo, os dados são de 2015. O
resultado é maior do que as populações do Brasil e dos outros sete países de
língua portuguesa somados.
Houve um aumento de 18% nos casos entre 2005 e 2015 e o
problema é mais comum em mulheres do que nos homens.
Brasil
O relatório sobre depressão e outras doenças mentais
comuns diz ainda que outros 300 milhões sofrem de algum tipo de transtorno de
ansiedade.
Mas os especialistas explicam que não é correto
simplesmente somar os dois números para se chegar a um total de doenças mentais
porque muitos podem sofrer de ambos problemas ao mesmo tempo.
No Brasil, a OMS disse que foram registrados 11,5 milhões
de casos de depressão, quase 6% da população. Os casos de ansiedade foram
maiores, chegaram a 18,6 milhões, pouco mais de 9% dos habitantes do país.
Os Estados Unidos registraram mais de 17 milhões de casos
de depressão e basicamente o mesmo número do Brasil em relação à ansiedade, com
18,7 milhões.
Nos países europeus, como Alemanha, França, Itália,
Portugal, Rússia e Reino Unido o número total de casos é bem menor do que
Brasil e Estados Unidos, levando em consideração a população dessas nações. Mas
em termos percentuais, os índices são semelhantes.
Nos países africanos de língua portuguesa, os números
absolutos são bem menores por causa da diferença entre as populações. Mas até
mesmo a comparação entre o percentual de casos e o número de habitantes foi bem
inferior ao registrado no Brasil e nos Estados Unidos.
Consequências
A OMS diz que as consequências para a saúde são enormes,
por exemplo, a depressão é uma das principais causas das mortes por suicídio,
aproximadamente 800 mil por ano.
Além disso, ela também é a maior causa das pessoas
ficarem incapacitadas para o trabalho. A ansiedade aparece em sexto lugar nessa
lista.
O relatório mostra que o número de pessoas que sofrem de
doenças mentais comuns está aumentando no mundo inteiro, principalmente nos
países de baixa renda.
A OMS diz que apesar da depressão atingir pessoas de
todas as idades e camadas da sociedade, o risco de alguém ficar deprimido
aumenta com a pobreza, o desemprego e com algum fato da vida, como a morte de
um parente ou amigo, o fim de um relacionamento, debilitação física ou
problemas causados pelo consumo de álcool ou drogas.
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