quinta-feira, 2 de março de 2017

“Eu não era o dono do governo, eu era o otário do governo..."

Que país é este?
A corrupção dominava o governo. O dinheiro sujo da corrupção ganhava eleições. Era uma sujeira generalizada na República. Rasgaram a ética...
E agora até o Marcelo Odebrecht, o corrupto que comprava partidos e políticos, diz ser o bobo da corte... Quem é o Rei? Onde estão os soberanos?
Estou na Ilha de Upaon-Açu e passo, abaixo, o texto do Estadão em que o Marcelo acha-se o “bobo do governo”.  

'Eu era o bobo da corte do governo', disse

Marcelo Odebrecht em depoimento



Brasília - Em depoimento à Justiça Eleitoral, Marcelo Odebrecht disse que se sentia o “bobo da corte” do governo federal, segundo relatos colhidos pelo Estado.

Ao falar sobre a situação da empreiteira baiana que leva seu sobrenome, o ex-presidente do conglomerado demonstrou descontentamento por ser obrigado a entrar em projetos que não desejava e bancar repasses às campanhas eleitorais sem receber as contrapartidas que julgava necessárias.

Marcelo Odebrecht foi preso em junho de 2015, no âmbito da Lava Jato, e pelo seu acordo de colaboração premiada deve permanecer na carceragem da Polícia Federal em Curitiba até o final deste ano.

Marcelo detalhou que tinha contato frequente com o alto escalão do governo – como o ex-ministro da Fazenda do governo Dilma Rousseff, com quem negociava repasses eleitorais. “Eu não era o dono do governo, eu era o otário do governo. Eu era o bobo da corte do governo”, disse Marcelo Odebrecht, conforme foi relatado ao Estado. Ele também se mostrou incomodado por divergências com seu pai, patriarca e presidente do Conselho de Administração do Grupo Odebrecht, Emilio Odebrecht, quanto a projeto em que a empresa apoiava o governo.

O ex-presidente da empreiteira foi ouvido pelo ministro Herman Benjamin, relator da ação que tramita no Tribunal Superior Eleitoral e investiga a chapa formada por Dilma Rousseff e Michel Temer na campanha eleitoral de 2014.

No depoimento, Marcelo Odebrecht fala sobre a “naturalidade” do caixa 2 em campanha eleitoral, defende a legalização do lobby e deixa claro que a Odebrecht não era a única empresa a usar doações para conquistar apoio político. De acordo com ele, o uso de dinheiro de caixa dois em campanhas eleitorais é algo “natural”, mas que de alguma forma envolve também propina. Sobre pagamentos de propina, Marcelo Odebrecht disse saber que os empresários da empresa precisavam fazer “acertos” para poder atuar.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Este blog só aceita comentários ou críticas que não ofendam a dignidade das pessoas.

Busca