terça-feira, 14 de março de 2017

O retorno dos holandas


Crônica do amanhecer

Hélcio Silva

(14 / 03 / 2017)

É chuva!...

Pingos d’água formam correntezas que alagam a cidade e arrancam o asfalto holandista, ordinarista e oportunista; manobra política que serviu para enganar o povo de nossa terra, na última eleição.

Dizem que Cabral (o Pedro e não o Sérgio, que quebrou o Rio) é mais baiano que maranhense. Claro! Cabral nunca esteve no Maranhão, portanto, não passou pela Ilha de Upaon-Açu.

Também, o escritor e poeta da frota - Pero Vaz de Caminha - por cá não esteve: nada escrito por ele sobre nossa Ilha...

O que se sabe é que por cá esteve Vicente Yáñez Pinzón, um cara que a história afirma ter nascido em Palos de la Frontera, na Espanha. Na sua frota estaria também o seu primo Diego de Lepe

Eles estiveram por aqui nos tempos das bandas idas entre 1462 a 1469... 

Nenhum passou - isto é certo – pelas águas de São João do Rio do Peixe, onde nasceu o pastor Edivaldo.     

Mas os caras passavam por aqui, comiam os bandeirados – peixe bom!..., e iam embora... Navegando!... Navegando!...

Só quem parou mesmo pra ficar foi o Daniel, acompanhado de sua tropa, constituída de gente com bom valor cultural – dizem.

Daniel de La Touche construiu o Fourt de Saint-Louis e fundou a cidade. Aqui seria, pela vontade de Daniel, a França Equinocial...

Não tenho provas e nem revelações se Daniel esteve na Ilha de Curupu... 

Porém, tenho certeza – se a visse – não a deixaria a D. José...

Entretanto, para sorte de D. José, do coronel Flávio e do Visconde Saraiva Barroso, os portugueses, sob o comando de Jerônimo de Albuquerque, expulsaram Daniel... E a gente deixou de sentir o gosto francês da vida...

Lá pelos anos do século XVII, a ilha foi vítima da primeira invasão  holandesa em nossas terras. Dizem os historiadores que os holandeses destruíram o que havia de bom em nossa terra... Foi um horrível desastre!

Mas!... Ah!... Apareceu na cidade destruída a tropa do capitão Teixeira de Melo... E o capitão expulsou os holandas, que saíram, por onde entraram – pela praia do desterro – debaixo de taca!

Passaram-se os tempos!... Ufa! Oxente!... E aí, no início dos anos 70 do século XX, chegavam os holandas de retorno à Ilha, vindos de lá de São João do Rio do Peixe...

E exatamente no primeiro dia do ano 13, já no século XXI, um ilustre holanda assume o comando da cidade..., neste retrato que ele promove e estamos a ver: buraco, lixo, esgoto a céu aberto, sem investimento na Educação, na Saúde, no transporte público... Uma cidade mal administrada, sem planejamento..., sem políticas públicas em benefício do povo...

E, pensando bem, tá faltando o capitão Teixeira de Melo...

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