Ao longo de todo o ano de 2016, foram 26 mil menores de
idade desacompanhados que atravessaram o mar rumo ao território italiano. Foto:
Unicef/Ashley Gilbertson VII
Leda Letra, da ONU News em Nova Iorque.
Levantamento do Fundo das Nações Unidas para a Infância,
Unicef, revela que pelo menos 200 crianças morreram desde janeiro no
Mediterrâneo Central, considerada uma rota perigosa pela agência da ONU.
Basicamente, mais de uma criança morta por dia tentando chegar à Itália.
Entre 1 de janeiro e 23 de maio, mais de 45 mil
refugiados e migrantes saíram do norte da África e chegaram ao país europeu
pelo mar, um aumento de 44% na comparação com o mesmo período do ano passado.
Sem família
Esse total inclui 5,5 mil crianças desacompanhadas dos
pais ou responsáveis, ou 92% de todos os menores de idade que chegaram à Itália
pela rota do Mediterrâneo Central.
Ao longo de todo o ano de 2016, foram 26 mil menores de
idade desacompanhados que atravessaram o mar rumo ao território
italiano.
Nesta quinta-feira, crianças, voluntários, guarda
costeira italiana e representantes do Unicef fizeram uma cerimônia simbólica em
Palermo, resgatando barcos de papel em homenagem às milhares de crianças que
perderam a vida no Mediterrâneo.
Plano de Ação
A ação aconteceu na véspera do encontro dos líderes do G7
em Taormina, na Sicília. O Unicef pede aos representantes das sete maiores
economias do mundo para adotarem um plano que garanta a segurança dos
refugiados.
A agência da ONU tem uma agenda de seis pontos: proteger
as crianças refugiadas da exploração e violência; acabar com a detenção dos
menores que buscam refúgio; manter as famílias sempre juntas; garantir que
essas crianças tenham acesso à educação e a serviços de saúde; pressionar por
ações relacionadas às causas de grandes movimentos de refugiados e promover o
combate à xenofobia, discriminação e marginalização.
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