Crônica do amanhecer
Hélcio Silva
O horizonte fechou a cortina: não vejo o que tem além, nem para qual além serei levado!...
Abro bem os olhos e nada vejo, além do nada que se fecha
em pano de fundo... O que há depois desse pano?
Assim estamos todos nós, onde ninguém sabe para onde vai
o nosso Brasil...
Fechou-se o horizonte da nossa Pátria!
Jovens sem saber o que fazer: crianças sem Escola,
principalmente!
Onde estás, Olavo Bilac, que não te vejo?
“Salve lindo pendão da esperança!
Salve símbolo augusto da paz!
Tua nobre presença à lembrança
A grandeza da Pátria nos traz.”
Este hino é tua letra, com música de Francisco Braga...
Nem sei se ainda falam disso nas escolas...
Dizem que foste (tu) - Olavo Brás Martins dos Guimarães
Bilac - o príncipe dos poetas...
Cantei muito teu hino, na minha Escola!
Hoje, cá estou eu, à sombra do meu mamoeiro, neste
quintal daqui de casa, sem saber o que cantar...,sentado neste mocho que trouxe de lá roça...
Lá Vem ele, o menino do jornal...
Recebo o exemplar de hoje, abro-o e leio:
- Um tal de Vicente, de lá do PT de São Paulo, amigo de
Lula, relator da reforma política, cujo nome verdadeiro e completo de batismo é
Vicente Cândido, teve o descaramento de afirmar que o valor do “fundão” de R$3,6 bilhões retirados
dos cofres públicos para custear campanhas eleitorais, “está em sintonia” com
“grandes democracias”.
Mentiroso!...
Isso não é verdade. O Vicente tá querendo enganar o povo.
Tá querendo enganar a gente.
Essa bolada de R$3,6 bi a ser arrancada do
Tesouro Nacional é mais dinheiro que a soma do custo das eleições na Alemanha,
no México e nos Estados Unidos.
O que Vicente disse é lorota para enganar o Brasil...
Esse “fundão” - segundo a leitura que faço neste jornal
matinal - deve retirar dos cofres públicos R$11,2 bilhões a cada quatro anos.
Nenhuma eleição no mundo vai custar tanto dinheiro.
Leio mais:
Nos EUA onde a eleição é a mais cara, nos dias de hoje,
custa em média US$2,5 bilhões (R$7,9 bilhões) para eleger o presidente. Mas
nenhum centavo sai dos cofres públicos. A eleição na Alemanha custa 450 milhões
de euros (R$1,6 bilhão) por cada um dos quatro anos da legislatura. Só um terço
é dinheiro público. No México, em 2015, a eleição custou US$558 milhões (R$1,7
bi), segundo o jornal El Universal, tudo pago com dinheiro público.
O horizonte fechou a cortina: não vejo o que tem além,
nem para qual além serei levado!...
Abro bem os olhos e nada vejo, além do nada que se fecha
em pano de fundo... O que há depois deste pano?
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Este blog só aceita comentários ou críticas que não ofendam a dignidade das pessoas.