SÃO PAULO - Milhares
de manifestantes, grande parte ligada a movimentos sociais e políticos,
ocuparam no início da noite desta quinta-feira duas pistas da Avenida Paulista
em protesto contra a morte da vereadora do Rio, Marielle Franco. Os
manifestantes se concentraram no vão livre do Museu de Arte de São Paulo
(Masp).
O ato foi encabeçado por militantes do PSOL de São Paulo,
partido a que pertencia Marielle. Visivelmente abalados, muitos choravam
chorando pela morte da companheira de legenda. Bandeiras do partido se
misturavam a cartazes de coletivos feministas e do movimento negro.
O principal grito dos manifestantes lembrava as duas
vítimas. Além de Mariella, também foi mortoAnderson Gomes, motorista da
vereadora. “Mariella, presente! Anderson, presente! Agora e Sempre”, cantaram.
Também houve gritos de “Fora, Temer” e pelo fim da polícia militar.
Sâmia Bonfim, vereadora de São Paulo pelo PSOL, discursou
diante à multidão:
— Uma de nós foi tombada. A Mariella, além de ser uma
grande mulher, era uma grande amiga.
Emocionada, Sâmia criticou a intervenção federal no Rio,
acusou o governo Temer e clamou que mulheres fossem à luta.
— A Mariella foi assassinada porque não se calou. Foi
assassinada por aqueles que nào admitem uma mulher negra no poder — disse.
O número oficial de manifestantes não foi divulgado pela
Polícia Militar. Durante o ato, professores em greve que faziam manifestação em
frente à Câmara Municipal em razão de mudanças proposta na previdência também
compareceram à manifestação.
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