Auta de Souza
Chamo-me Caridade - o simples nome
De um coração amigo em senda escura,
A esmolar-te migalha de ternura
Para aqueles que a lágrima consome !
Vê como a sombra aspérrima enclausura
A tristeza, a nudez, a mágoa e a fome !
Sem alívio de bálsamo que o tome,
Corre o pranto mortal da desventura.
Venho por Ele, o Cristo, que te espera,
Rogar-te amparo e amor à alma sincera,
Mesmo se o fel te amargue o peito aflito !
Semeia paz e luz por onde fores,
E encontrarás ao fim das próprias dores,
O roteiro de sóis para o Infinito!...
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Este blog só aceita comentários ou críticas que não ofendam a dignidade das pessoas.