Vergonha!
Segundo a denúncia, a Odebrecht prometeu a Lula doação de
US$ 40 milhões, o equivalente a R$ 64 milhões, em troca de decisões políticas
para beneficiar a empresa...
Leia toda a notícia abaixo:
PGR denuncia Lula, Palocci e Gleisi por propina da
Odebrecht
Da Agência Brasil
A Procuradoria-Geral da República denunciou hoje (30) ao
Supremo Tribunal Federal (STF) o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o
ex-ministro Antônio Palocci, a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) e o ex-ministro
Paulo Bernardo, marido da parlamentar.
Todos são acusados dos crimes de corrupção e lavagem de
dinheiro, a partir de delações premiadas de ex-executivos da empreiteira
Odebrecht. Segundo a denúncia, a Odebrecht prometeu a Lula doação de US$ 40
milhões, o equivalente a R$ 64 milhões, em troca de decisões políticas para
beneficiar a empresa.
De acordo com a PGR, além dos depoimentos de delação, foram
colhidos nas investigações documentos, como planilhas e mensagens, fruto da
quebra de sigilo telefônico.
Em contrapartida pela doação, a procuradoria afirma que a
Odebrecht foi beneficiada com aumento da linha de crédito do Banco Nacional de
Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) com Angola, país africano onde a
empreiteira tinha negócios.
A procuradoria sustenta que os acusados formavam uma
suposta organização criminosa. Lula, Paulo Bernardo e Palocci faziam parte do
núcleo político. Marcelo Odebrecht - também denunciado e um dos delatores - do
núcleo econômico, e do grupo administrativo, o chefe de gabinete da senadora,
Leones Dall'agnol, que foi denunciado.
Conforme a denúncia, Gleisi Hoffmann e Paulo Bernardo
aceitaram receber parte do dinheiro vindo da Odebrecht, em 2014, via caixa 2,
como doação eleitoral de R$ 5 milhões, que teriam sido recebidos por Leones.
“Dos cinco milhões, Gleisi Helena Hoffmann, Paulo Bernardo
e Leones Dall'Agnol comprovadamente receberam, em parte por interpostas
pessoas, pelo menos três milhões de reais em oito pagamentos de quinhentos mil
reais cada, a título de vantagem indevida, entre outubro e novembro de
2014", diz a PGR em parecer.
O Partido dos Trabalhadores repudiou a denúncia da
procuradora-geral da República, Raquel Dodge, contra o ex-presidente Luiz
Inácio Lula da Silva, a ex-presidente Dilma Rousseff, a presidente do partido,
Gleisi Hoffmann, e o ex-ministro Antônio Palocci.
Por meio de sua assessoria, o PT afirmou que Dodge
"atua de maneira irresponsável, formalizando denúncias sem provas a partir
de delações negociadas com criminosos em troca de benefícios penais e financeiros”.
De acordo com o comunicado, o MPF tenta criminalizar a
legenda, “citando fatos sem o menor relacionamento de forma a atingir o PT e
seus dirigentes”. A nota aponta incongruência da denúncia, pois as acusações
tentariam ligar decisões de 2010 à campanha de Gleisi Hoffmann ao senado no
estado do Paraná.
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