Carlos P. Carreiro
Exsurge a alva, exsurge... Erguida em grandes faustos
Por sobre a terra inteira, em roupagens festivas,
Consola docemente os destinos infaustos,
No convite ao trabalho em mansas rogativas...
Esplende a tarde, esplende... A vida, em largos haustos,
Respira agora o olor de fainas sempre ativas
Para depois trazer os obreiros exaustos
A paz... A paz e a luz em novas perspectivas...
Irrompe a noite, irrompe... O alvor do sol mergulha
Na franja azul longínqua e, fagulha a fagulha,
O albente foco esvai-se e imerge no infinito...
E dorme o homem, dorme... A alma humana ansiosa
Liberta-se da carne, sonha ou sofre e goza,
Conforme o seu caminho ominoso ou bendito...
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