Rubens Bueno
Imagine um país com R$ 1,2 trilhão para investir em
desenvolvimento. Esse é o sonho de qualquer governante compromissado com o
fortalecimento da economia, com a melhoria da infraestrutura e com a geração de
milhões de empregos no país. Pois foi justamente essa montanha de dinheiro que
os governos do PT, capitaneados pelos ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva
e Dilma Rousseff, tinham em suas mãos. E o que fizeram? Jogaram na lata do lixo
dos campeões nacionais da corrupção.
Quem acompanha mesmo de longe o desenrolar da operação Lava
Jato conhece bem que fim levaram os irmãos Batista, da JBS Friboi, Emílio e
Marcelo, da construtora Odebrecht, e o empresário Eike Batista, do Grupo EBX.
Financiados a juros reduzidos com o trilhão do Banco Nacional de
Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), corromperam políticos, abasteceram
caixas dois de campanha e remeteram recursos para o exterior sem gerar uma das
principais contrapartidas que um banco de fomento tem que exigir: a geração de
empregos.
A JBS Friboi fechou dezenas de frigoríficos no Brasil e
direcionou grande parte de suas operações para o exterior. A fantasiosa EBX de
Eike Batista faliu e deve bilhões ao BNDES e outros credores. A Odebrecht,
diante dos escândalos de corrupção, está mal das pernas. E, como resultado
disso, milhares de trabalhadores dessas empresas foram parar no olho da rua.
Hoje, cabe perguntar ao PT: Qual benefício, além da
corrupção, trouxeram ao Brasil os “amigos do Rei” que hoje “está nú” em uma
cela da Polícia Federal em Curitiba?
Se havia pelo menos a remota intenção de melhorar ao menos
um pouco a vida dos brasileiros com essa política de investimentos públicos em
empresas que já eram grandes, ao invés de fomentar pequenas e médias, isso não
se configurou.
Se pegarmos o avanço da renda per capita brasileira veremos
que entre 1994 e 2016, ela cresceu 31%, menos que a média dos países da América
Latina e no Caribe, cujo índice avançou 37%. Diante dos países emergentes, onde
o Brasil está incluso, a vergonha é ainda maior. Nesse grupo o aumento do PIB
per capita foi de 152% no mesmo período. Já as nações desenvolvidas cresceram
42%.
Na prática, o BNDES, nas mãos do Partido dos Trabalhadores,
deu prejuízos ao país. Como se diz quando um carro é inutilizado num acidente
de trânsito, o BNDES deu PT. Perda Total.
Rubens Bueno é deputado federal pelo PPS do Paraná.
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