sexta-feira, 14 de setembro de 2018

Tatuquara: Poeira e lama


Crônica do Meio-Dia

Hélcio Silva

(14 / 09 / 2018) 

Se todo gestor público fosse realmente gestor público, voltado para os interesses das causas públicas, o Brasil seria bem diferente.

A administração Pública no Brasil é ruim.De um modo geral, é ruim.

Curitiba parece modelo, mas não é tão assim. Precisa melhorar. Vezes por outras há tropeços. 

Logo que Greca assumiu a prefeitura de Curitiba, eu disse: É prefeito de um mandato só...

Conheço o Greca. Já conversamos na Boca Maldita... Ele gostava de estar por lá. Ouvi muitos papos do Greca! Ele tem uma conversa alegre!

Não tenho lembrança se foi em 2012. Eu sempre estava presente na Boca, durante os meus oito anos de Curitiba.  Andava muito por lá - pela Boca Maldita... Eu era freguês dos papos políticos de lá. Gostava, no entanto, de ficar no anonimato!

É gostoso e agradável viver em Curitiba!... Uma cidade aconchegante!

Curitiba vive sempre na efervescência política.

Certa vez, o Grega (ele é bom de conversa - agradável) ouviu minha voz e afirmou:  você não é daqui...

- Sou do Maranhão...

- Da terra do Sarney!!! – afirmou Greca com um sorriso que só ele sabe fazer... 

Fiquei meio pálido, porém, não perdi a luz do tempo, e disse ao Greca: O Maranhão não é do Sarney; é do povo maranhense!

Quando Greca foi candidato à prefeitura de Curitiba e disse aquela bobagem sobre um morador de rua, eu afirmei:

- Se Greca ganhar eleição; será prefeito de um mandato só...

No início do mandato, o Greca construiu uma encrenca com os servidores públicos de Curitiba, perseguição pura contra os funcionários; com a velha desculpa de que precisaria equilibrar as contas municipais.

Voltei a escrever: é prefeito de um mandato só...

Hoje li... Li mesmo!... Outra do Greca!!!

Na Tribuna do Paraná, li uma reportagem, cujo título é: "Moradores de bairro de Curitiba não aguentam mais tanta poeira e lama na porta de casa!"

Agora, sentado no meu banquinho, aqui na Ilha (como pensa o Greca, ser terra do Sarney), leio um texto da reportagem escrita pela jornalista Giselle Ulbrich, na Tribuna. Vamos ler:

Você mora numa rua toda esburacada ou cheia de remendos? Se você acha isso ruim, imagina lá no Tatuquara, onde diversas ruas sequer possuem asfalto. Nos dias de sol, o poeirão deixa todos com problemas respiratórios, as casas e carros completamente empoeirados e as roupas no varal encardidas. Nos dias de chuva, é quase impossível chegar ao trabalho com os sapatos e a barra da calça limpos.

A falta de asfalto é a reclamação mais recorrente dos moradores do bairro. A Tribuna esteve na região num dia de chuva. Os buracos cheios de lama deixavam certos trechos parecendo um queijo suíço, de tantos “furos”. É o caso da Rua Josuel Ferreira, no começo da Vila Evangélica (Moradias Monteiro Lobato), bem em frente à Capela do Sagrado Coração de Jesus. O técnico em informática Azevedo Pardinho, 47 anos, passa todos os dias nesta rua.

“As calçadas são mal feitas. A rua tem poças de lama por todos os lados. A prefeitura não quer asfaltar porque disse que não tem morador suficiente. Mas como ela margeia as torres da Eletrosul (torres de transmissão de energia elétrica), existe uma margem de segurança de 32 metros, onde as pessoas não podem construir e morar. Apesar da rua estar para fora da zona de segurança, as pessoas preferiram fazer a entrada de suas casas para as outras de esquina com a Josuel Ferreira. Aí por causa disso a prefeitura diz que não tem morador suficiente pra asfaltar. Mas tem bastante fluxo dos moradores aqui, até porque essa rua é a da entrada da igreja. Ao mesmo tempo que a prefeitura quer remover as torres da Eletrosul, por causa da proximidade com as casas, diz que não asfalta porque não tem morador suficiente. Olha, faz 20 anos que eu brigo pra asfaltar essa rua aqui”, analisa Azevedo.

Por mais essa e outras é que eu digo, mesmo longe do Greca, que ele é prefeito de um mandato só...

Greca! Estou na Ilha de Upaon-Açu!

Um abraço!

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