BRASÍLIA - O economista Luciano de Castro, atualmente na
Universidade de Iowa, nos Estados Unidos, passou a ser o nome mais cotado para
assumir o ministério de Minas e Energia no governo Jair Bolsonaro, segundo
apurou o Estado. Outros nomes na disputa enfrentam resistências desse setor. É
o caso de Paulo Pedrosa, que atuou como secretário-executivo da Pasta na gestão
de Fernando Bezerra Coelho Filho, atual deputado pelo DEM. Já contra o
economista Adriano Pires, outro na lista de apostas, pesa o bom trânsito com
representantes do PSDB.
Já a pasta de Infraestrutura pode ficar com o general da
reserva Joaquim Brandão, como sinalizou nesta segunda-feira o vice-presidente
eleito Hamilton Mourão. “Ele tem grande experiência na área”, disse à
reportagem. Brandão substituiu Oswaldo Ferreira no comando do Departamento de
Engenharia e Construção do Exército, o DCI. Atualmente, assessora o ministro de
Segurança Institucional (GSI), Sérgio Etchegoyen. Ele é ligado ainda ao
comandante do Exército, general Eduardo Villas Bôas. Outro nome é do general
também da reserva, Jamil Megid Júnior.
Pelo desenho do novo governo, Bolsonaro ainda sonda um
nome forte para o Grupo Central de Infraestrutura, o GCI, um órgão que pretende
criar no âmbito da Presidência da República. O GCI atuaria como um espaço de
supervisão e arbitragem nas disputas entre a pasta da Infraestrutura e órgãos
como Ibama e Funai. A meta é criar um grupo com força política em situações que
envolve o Ministério Público Federal nas grandes obras. A princípio, o GCI
seria comandado pelo general da reserva Oswaldo Ferreira, que, no entanto, após
desentendimentos na equipe de transição, anunciou que não pretende ocupar cargo
no governo.
Bolsonaro ainda procura chefes para a pasta de
Desenvolvimento Regional, que fundiria Cidades e Integração Nacional.
Auxiliares do presidente eleito dizem que o ministério é o que mais terá a
marca do slogan “Menos Brasília e mais Brasil”, pregado na época de campanha. A
equipe de transição avalia que não haverá dificuldades em unir o “urbano” e o
“rural”, já que o ministério aglutinaria fundos de desenvolvimento regional,
atenção ao semiárido nordestino e à área da habitação. É uma pasta voltada para
os municípios, avaliam os assessores. O desenho do ministério absorve
essencialmente a ideia do futuro ministro da Economia, Paulo Guedes, de
descentralização de recursos federais e atenção a prefeituras.

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