Carlos Henriques de Araújo
Escritor membro UBE-PI
Ficamos indignados e perplexos quando observamos o mundo
sob a ótica da qualidade de vida de sua população. É inevitável a conclusão de
que estamos em crise. Felizmente, toda crise é um alerta e uma oportunidade
para mudanças.
Não podemos ignorar esta realidade, é preciso assumi-la
para poder transformá-la. Os governos e a democracia, sozinhos, não são
suficientes para implementar as mudanças necessárias para melhorar a vida de
milhões de pessoas no mundo.
A sociedade “organizada” precisa fazer a sua parte. A
desigualdade entre ricos e pobres a cada ano aumenta, inclusive em países do
primeiro mundo. A América Latina é a região mais injusta, segundo a OEA.
Hoje há mais riqueza na terra, mas também há mais
injustiça no mundo. Mais de cinco bilhões e meio de pessoas sobrevivem com
menos de dois euros por dia e quase 50 mil pessoas morrem, diariamente, de
fome”, segundo a FAO.
A desertificação ameaça a vida de bilhão de pessoas em
vários países. O preconceito e a intolerância, para com os emigrantes, é irracional
e imoral.
Os EUA estão construindo um muro de 1.500 Km na fronteira
com o México; a Europa, ao sul da Espanha, levanta uma cerca para se isolar da
África; e Israel, sob protestos tenta levantar uma barreira de concreto para se
isolar da Faixa de Gaza.
Apesar de fatos como estes, a Humanidade dá sinais de
mudança, e para melhor, basta observarmos alguns fatos ocorridos a partir do
Século XX.
Entre eles podemos constatar: Os impérios, britânico,
francês, português, holandês, alemão, japonês e o russo, diminuíram sua
importância política e econômica.
E tentam se reorganizar na democracia, respeitando as
diversidades culturais e ideológicas, e se mostram preocupados com o meio
ambiente.
O ecumenismo cresce em vários níveis, como um novo
paradigma para a fé religiosa, contribuindo assim, para uma convivência
pacífica entre os fies de todas as igrejas e religiões.
A crescente interdependência entre as nações e o aumento
da consciência de que a segurança é um bem comum, as medidas de desarmamento e
o reconhecimento dos direitos humanos são sinais claros de esperança para a paz
mundial.
No entanto, novas ameaças surgem, como o desemprego, as
drogas, a dívida do terceiro mundo, o desequilíbrio entre países
industrializados, e as dificuldades encontradas pelos países pobres e
subdesenvolvidos.
E, finalmente, a degradação ambiental produzida pelo
próprio homem através da exploração dos recursos naturais, das mudanças
climáticas devido o aquecimento global causado pela desertificação e destruição
da camada de ozônio.
Precisamos definir o mundo que queremos para nossos netos
e bisnetos. Crescer é preciso, mas a que custo? O desenvolvimento é necessário,
mas com a distribuição dos benefícios advindos para todos.
Com democracia e respeito aos direitos humanos e uma
convivência pacífica entre indivíduos de cultura, crenças e raças variadas
compartilhando as mesmas responsabilidades, para que tenhamos uma sociedade
justa que lute contra a pobreza, o preconceito e a exclusão social, e seja a
favor de uma equidade política, cultural, social e religiosa, sem esquecer a
preservação do meio ambiente.

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