sábado, 24 de novembro de 2018

QUE MUNDO QUEREMOS?


Carlos Henriques de Araújo

Escritor membro UBE-PI

Ficamos indignados e perplexos quando observamos o mundo sob a ótica da qualidade de vida de sua população. É inevitável a conclusão de que estamos em crise. Felizmente, toda crise é um alerta e uma oportunidade para mudanças.

Não podemos ignorar esta realidade, é preciso assumi-la para poder transformá-la. Os governos e a democracia, sozinhos, não são suficientes para implementar as mudanças necessárias para melhorar a vida de milhões de pessoas no mundo.

A sociedade “organizada” precisa fazer a sua parte. A desigualdade entre ricos e pobres a cada ano aumenta, inclusive em países do primeiro mundo. A América Latina é a região mais injusta, segundo a OEA.

Hoje há mais riqueza na terra, mas também há mais injustiça no mundo. Mais de cinco bilhões e meio de pessoas sobrevivem com menos de dois euros por dia e quase 50 mil pessoas morrem, diariamente, de fome”, segundo a FAO.

A desertificação ameaça a vida de bilhão de pessoas em vários países. O preconceito e a intolerância, para com os emigrantes, é irracional e imoral.

Os EUA estão construindo um muro de 1.500 Km na fronteira com o México; a Europa, ao sul da Espanha, levanta uma cerca para se isolar da África; e Israel, sob protestos tenta levantar uma barreira de concreto para se isolar da Faixa de Gaza.

Apesar de fatos como estes, a Humanidade dá sinais de mudança, e para melhor, basta observarmos alguns fatos ocorridos a partir do Século XX.

Entre eles podemos constatar: Os impérios, britânico, francês, português, holandês, alemão, japonês e o russo, diminuíram sua importância política e econômica.

E tentam se reorganizar na democracia, respeitando as diversidades culturais e ideológicas, e se mostram preocupados com o meio ambiente.

O ecumenismo cresce em vários níveis, como um novo paradigma para a fé religiosa, contribuindo assim, para uma convivência pacífica entre os fies de todas as igrejas e religiões.

A crescente interdependência entre as nações e o aumento da consciência de que a segurança é um bem comum, as medidas de desarmamento e o reconhecimento dos direitos humanos são sinais claros de esperança para a paz mundial.

No entanto, novas ameaças surgem, como o desemprego, as drogas, a dívida do terceiro mundo, o desequilíbrio entre países industrializados, e as dificuldades encontradas pelos países pobres e subdesenvolvidos.

E, finalmente, a degradação ambiental produzida pelo próprio homem através da exploração dos recursos naturais, das mudanças climáticas devido o aquecimento global causado pela desertificação e destruição da camada de ozônio.

Precisamos definir o mundo que queremos para nossos netos e bisnetos. Crescer é preciso, mas a que custo? O desenvolvimento é necessário, mas com a distribuição dos benefícios advindos para todos.

Com democracia e respeito aos direitos humanos e uma convivência pacífica entre indivíduos de cultura, crenças e raças variadas compartilhando as mesmas responsabilidades, para que tenhamos uma sociedade justa que lute contra a pobreza, o preconceito e a exclusão social, e seja a favor de uma equidade política, cultural, social e religiosa, sem esquecer a preservação do meio ambiente.

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