Os filhos do Bolsonaro estão complicando...
O Carlos pensa que é primeiro-ministro...
Sendo vereador no Rio, como diz ser, deveria estar na
Câmara...
A República não é uma oligarquia familiar...
Sobre esse angu dos diabos, li, nesta manhã, nas páginas do
El País, o texto abaixo:
Após 17 dias afastado do centro do poder político, o
presidente Jair Bolsonaro (PSL) teve alta hospitalar e desembarcou nesta
quarta-feira em Brasília com algumas bombas a desarmar. A principal delas é a crise
provocada pelos indícios de que seu partido, o PSL, usou candidaturas-laranja
na eleição e o mal-estar com o seu ministro da Secretaria-Geral da Presidência,
Gustavo Bebianno, que comandava a sigla durante a campanha. Bolsonaro endossou
críticas públicas a Bebianno feita por um de seus filhos, o vereador Carlos
Bolsonaro. A conta oficial do Twitter do mandatário replicou a mensagem de
Carlos que chamava o ministro, até então um dos homens-fortes do Planalto, de
"mentiroso". Depois, o próprio Bolsonaro disse o mesmo em entrevista
à TV Record.
"É mentira", disse o presidente na entrevista ao
canal de TV, negando ter conversado com seu ministro a respeito da crise. Não
anunciou, no entanto, que Bebianno deixaria o cargo. O mandatário disse ter
ordenado à Polícia Federal que investigue os casos suspeitos no PSL. "Se
for verdade, não tem outro caminho a não ser retornar às suas origens",
seguiu.
Bebianno era o presidente do PSL no período eleitoral,
quando ao menos três candidaturas aparentemente fictícias foram lançadas pela
legenda. Uma delas, a de Maria de Lourdes Paixão (PSL-PE), abocanhou 400.000
reais do fundo partidário, que é composto de dinheiro público. Outra, de Érika
Siqueira Santos (PSL-PE), recebeu 250.000 reais, autorizados pelo hoje ministro.
Os casos foram revelados pelo jornal Folha de S. Paulo. Advogado de formação,
Bebianno se aproximou de Bolsonaro há apenas dois anos. Em 2018, a pedido de
Bolsonaro, assumiu interinamente a presidência do PSL para conduzir a campanha.
O incômodo político-familiar cresceu depois que o ministro
afirmou à imprensa que tinha conversado com Bolsonaro sobre as candidaturas
laranjas na terça-feira, quando ele ainda estava internado no hospital Albert
Einstein, em São Paulo. Em uma aparente movimento para blindar o pai, Carlos,
usou suas redes sociais para dizer que Bebianno mentiu. “É uma mentira absoluta
de Gustavo Bebbiano (sic) que ontem teria falado 3 vezes com Jair Bolsonaro
para tratar do assunto citado pelo Globo e retransmitido pelo Antagonista.”
O vereador ainda publicou um áudio no qual o presidente diz
que não iria conversar com Bebianno naquele dia. Eis a íntegra do que disse
Bolsonaro: “Ô Gustavo, tá complicado de conversar, ainda. Eu não vou falar, não
vou falar com ninguém, a não ser estritamente o essencial. Estou em fase final
de exames para possível baixa hoje. Tá, ok? Boa sorte, aí”.
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