domingo, 7 de janeiro de 2024

O Silêncio da tarde... Por Hélcio Silva (07 / 01 / 2024


O Silêncio da tarde...

Hélcio Silva

(07 / 01 / 2024

Nada mais silencioso que o silêncio da tarde...

A tarde de hoje é uma tarde de lembranças silenciosas, que lembram nossas lutas... muitas lutas, contra todas as ditaduras.

Como ontem, a mesma luta continua hoje, agora, contra outra ditadura, que decide tudo com uma simples canetada, sem julgamento justo, nesses nossos dias, onde poderosas ditam as ordens, ferindo o Estado Democrático de Direito de um povo, de uma Nação!

O silêncio desta tarde me faz lembrar alguns fatos... E lembro!!!...

... Lembro de um cidadão chamado Geraldo Pedrosa de Araújo Dias, conhecido no meio artístico como Geraldo Vandré, reconhecido cantor e compositor brasileiro.

Geraldo Vandré nasceu em João Pessoa (Paraíba) no dia 12 de setembro de 1935.

E agora, na minha cidade, neste silêncio da tarde, entre as paredes também silenciosas da casa, quase ao pôr do sol, eu escondido, e bem escondido, no meu próprio silêncio, tento cantar, com a voz silenciosa do meu pensamento, CAMINHANDO, a canção de Geraldo Vandré, ainda na lembrança de muitos da minha geração, mesmo passados muitos anos, nesta luta nossa pela liberdade!

*****

Caminhando


Canção de Geraldo Vandré


Caminhando e cantando

E seguindo a canção
Somos todos iguais
Braços dados ou não

Nas escolas, nas ruas
Campos, construções
Caminhando e cantando
E seguindo a canção

Vem, vamos embora
Que esperar não é saber
Quem sabe faz a hora
Não espera acontecer

Vem, vamos embora
Que esperar não é saber
Quem sabe faz a hora
Não espera acontecer

Pelos campos há fome
Em grandes plantações
Pelas ruas, marchando
Indecisos cordões

Ainda fazem da flor
Seu mais forte refrão
E acreditam nas flores
Vencendo o canhão

Vem, vamos embora
Que esperar não é saber
Quem sabe faz a hora
Não espera acontecer

Vem, vamos embora
Que esperar não é saber
Quem sabe faz a hora
Não espera acontecer

Há soldados armados
Amados ou não
Quase todos perdidos
De armas na mão

Nos quartéis lhes ensinam
Uma antiga lição
De morrer pela pátria
E viver sem razão

Vem, vamos embora
Que esperar não é saber
Quem sabe faz a hora
Não espera acontecer

Vem, vamos embora
Que esperar não é saber
Quem sabe faz a hora
Não espera acontecer

Nas escolas, nas ruas
Campos, construções
Somos todos soldados
Armados ou não

Caminhando e cantando
E seguindo a canção
Somos todos iguais
Braços dados ou não

Os amores na mente
As flores no chão
A certeza na frente
A história na mão

Caminhando e cantando
E seguindo a canção
Aprendendo e ensinando
Uma nova lição

Vem, vamos embora
Que esperar não é saber
Quem sabe faz a hora
Não espera acontecer

Vem, vamos embora
Que esperar não é saber
Quem sabe faz a hora
Não espera acontecer

Vem, vamos embora
Que esperar não é saber
Quem sabe faz a hora
Não espera acontecer

Vem, vamos embora
Que esperar não é saber
Quem sabe faz a hora
Não espera acontecer

Vem, vamos embora
Que esperar não é saber

*****


Nenhum comentário:

Postar um comentário

Este blog só aceita comentários ou críticas que não ofendam a dignidade das pessoas.

Busca