terça-feira, 21 de maio de 2024

TÃO PERTO E TÃO LONGE - Por Vladimir Polízio


TÃO PERTO E TÃO LONGE

(Vladimir Polízio)


 

Ali, prostrado no leito,

Aquele homem gemia

Antevendo em agonia

Todo um sonho desfeito!

 

Ao seu lado, em desalento,

Retardando a partida,

Alguém que durante a vida

Viveu-lhe cada momento!

 

Com as mãos do amado entre as suas,

Pergunta-lhe, beijando as duas:

“Tanto sofrimento, por quê?”

 

E a frágil voz lamenta o fim:

“Você aqui, bem perto de mim,

E eu, já tão longe de você!...”

*****


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