TÃO PERTO E TÃO LONGE
(Vladimir Polízio)
Ali, prostrado no leito,
Aquele homem gemia
Antevendo em agonia
Todo um sonho desfeito!
Ao seu lado, em desalento,
Retardando a partida,
Alguém que durante a vida
Viveu-lhe cada momento!
Com as mãos do amado entre as suas,
Pergunta-lhe, beijando as duas:
“Tanto sofrimento, por quê?”
E a frágil voz lamenta o fim:
“Você aqui, bem perto de mim,
E eu, já tão longe de você!...”
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