sábado, 29 de junho de 2024

A verdadeira cultura por um fio - pelo escritor e jornalista Alex Pipkin, PhD


A verdadeira cultura por um fio

Alex Pipkin, PhD

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É mesmo surpreendente – e funesto – como as pessoas foram se acostumando com o desastre, a escuridão, a mentira e a liquidação da cultura ocidental. É, de fato, espantoso como elas se anestesiaram frente aos acontecimentos negativos na vida econômica e social.

Eu diria que elas renunciaram à lógica e à realidade objetiva. Doutrinação, enganação, cansaço, e/ou falta de alternativas podem ser elementos explicativos.

Certo que os apologistas da ideologia do fracasso estão por todas as partes e em grande número. A dissonância cognitiva não os deixa realizar que são meras peças de manobra no grande tabuleiro dos interesses de uma (des)elite que só pensa naquilo: mais poder.

Parece não adiantar argumentar validamente sobre a “verdade verdadeira”; conversa-se com surdos.

Nesse jogo sujo, ineptos e iludidos rezam diariamente pelo Estado grande, o “salvador” de suas pobres vidas – o propagador do câncer incurável do intervencionismo corrupto.

A construção é lenta e penosa, a destruição é rápida como um piscar de olhos. Como líderes psicopatas e perversos conseguiram converter jovens mimados e revoltados em guerreiros da destruição dos valores civilizacionais virtuosos? Como lograram cancelar a cultura “de verdade”, embasada nos valores judaico-cristãos, em prol do imediatismo de viver segundo seus desejos e sentimentos, desconectados dos valores civilizacionais basilares e sustentados nas areias movediças das crenças, das falácias e da vitimização?

Sob o “véu da ignorância”, disfarçados de nobreza, diversidade e inclusão, assumiram o protagonismo dos valores virtuosos a ser cultuados. Quem diverge transforma-se num herege, negacionista.

Não há mais fronteiras lógicas para o crescimento do engodo e da vitimização. Parecem não existir instrumentos para desarmar a névoa da ilusão e das paixões sectárias.

Os donos do mundo e das retóricas e falácias são agentes estatais, políticos e outros políticos vestindo togas negras, disfarçados de juízes. Esses só se preocupam, narrativamente, com o povo, concedendo privilégios e mais (des)direitos absurdos, que, a despeito de proclamarem o bem-estar geral, hipotecam o futuro da nação tupiniquim.

As migalhas regaladas no presente são o veneno para um futuro alvissareiro. As pessoas parecem ter terceirizado o ato de pensar para outros de suas tribos, evidente, que não pensam. Assumiu o volante transloucado a escassez de racionalidade. Sumiu a capacidade de pensar logicamente a fim de se fugir das contradições. É a lógica que permite que se identifiquem falácias e o que nos faz tomar decisões embasadas em evidências. Sem ela, mandam os preconceitos cognitivos.

Evidências estão nos fatos da realidade, não em suposições, achismos e/ou crenças. Programas de mais direitos, menos deveres, tornaram-se incontestáveis. Retrocessos populistas estão sempre à mesa, tais como política industrial, estatais para compadres, políticas identitárias descabidas, enfim, tudo para o voto e/ou ganhar um quinhão.

Nada das evidências vencedoras. Nada de desregulamentação econômica, corte de impostos, redução da máquina estatal e a não intromissão do Estado em nossas vidas.

Não me contento com esse “admirável mundo novo”. É seguro que é necessário preservar a verdade e aquilo que deu e dá certo.

Evidente que necessitamos estar abertos para aprender e rever, a partir de novas informações e fatos, não em embustes, falácias e crenças despropositadas. A boa notícia é que a verdade, timidamente, aparece aqui e ali – do lado.

Contudo, a má notícia é que, depois de viver muito tempo no escuro das cavernas progressistas, uns já eram dotados da cegueira, outros podem ficar cegos pela luz da verdade. Veremos.

Alex Pipkin, PhD


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