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Mauss nos ensina que todo o tipo de relação é interessada, não necessariamente, regida por interesses pecuniários.
Tenho aversão aos apologistas do apocalipse. E como eles pululam na “modernidade”!
Desconfio daqueles que lucram com suas previsões catastróficas.
O processo evolutivo não é compulsório, tampouco automático.
Embora estejamos, nas últimas décadas, andando para trás, não há nenhuma brecha de dúvida de que, de maneira geral, a pobreza extrema foi reduzida, e a qualidade de vida dos cidadãos no mundo melhorou significativamente.
À medida que as sociedades evoluem economicamente, de acordo com Donald Boudreaux, a necessidade individual de ser salvo dos infortúnios terrenos diminui, enquanto que a necessidade de “salvar os outros” desses mesmos infortúnios, cresceu acentuadamente.
Talvez isso explique, em parte, a profusão dos sinalizadores de virtude e de suas narrativas desarrazoadas.
O fato é que mesmo com a notória melhoria de vida, e das “coisas da vida”, tais como a redução de preconceitos e de tabus, a legião de ativistas e de apologistas de quaisquer coisas progressistas aumentou intensamente; eles se reproduzem como baratas.
Atualmente, ativistas “bondosos” proclamam o fim do capitalismo, o decrescimento econômico e a morte das economias de mercado. Todos desejando a salvação terrena pelas divinas dádivas do todo poderoso Estado.
Todos os benevolentes com o trabalho e o dinheiro dos outros, lutam ativamente pelo estatismo, via intervencionismo estatal.
Como atestam os fatos e os dados, as economias de mercado, mais abertas, apresentam níveis de crescimento econômico e social bastante superiores àquelas dominadas pelo Estado interventor.
O difamado e vilão Consenso de Washington, pregava a intensificação do livre comércio, a redução das dividas públicas e, sobretudo, a diminuição do intervencionismo do Estado.
O que se presenciou nas últimas décadas, com o aumento do ativismo desenfreado, dos berros progressistas mundiais, foi justamente o aumento absurdo e abissal dos regulamentos e das normas que sufocam, profundamente, os criadores de riqueza, as pessoas e as empresas, limitando a geração de empregos, de renda e de riqueza. Ademais, a dívida pública, tanto em países ricos como nos pobres, atingiu patamares extremamente elevados e perigosos.
Qualquer análise sensata e desprovida de contaminação pelos sentimentalismos, comprova que quanto maior o livre comércio, e o respeito à básica disciplina fiscal, maiores serão o crescimento econômico e social de um determinado contexto.
Os fatos corroboram que as políticas orientadas para o mercado, produzem os melhores resultados, inegavelmente.
O engodo das políticas coletivistas populistas resulta em mais dívida pública, mais inflação, maiores preços, menor desenvolvimento econômico e social, maior pobreza e menores níveis de qualidade de vida. Fatos são fatos.
O tão malfadado capitalismo, as economias de mercado, atuando com o necessário e precioso sistema de preços - que é completamente distorcido com o intervencionismo estatal - atua como uma bússola que orienta às decisões de mercado, de forma eficiente e mais produtiva.
Não existem dúvidas de que os incentivos nas economias de mercado envolvem aspectos centrais, tais como a responsabilidade individual, o empreendedorismo, o foco na produtividade e na eficiência. Eles importam muito, embora se encontrem bastante invertidos em razão da cultura estatista e populista.
Apesar de todo o grosseiro ativismo sentimental, a realidade objetiva reconhece que mesmo com as aludidas desigualdades sociais, as economias de mercado proporcionaram, amplamente, um aumento da qualidade de vida das populações - ainda que com a diminuição do crescimento da renda -, visto que essas possibilitam o acesso dos consumidores a uma gama de produtos e serviços muito mais ampla e diversificada, de melhor qualidade, a preços mais baixos. Singelo constatar, basta analisar a situação dos smartphones no mundo.
Não se preocupe, quanto mais aspectos fundamentais da vida melhorarem, mais ramificado e mais intenso será o coro dos bondosos ativistas.
Não, senhores, o desastre não advém das economias de mercado. Verdadeiramente, é resultado do estatismo paralisante do desenvolvimento econômico e social, e das narrativas e retóricas de coletivistas iludidos pela ideologia do fracasso.
Fonte - Facebook
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