BRILHO & ETERNIDADE
Antonio Guimarães de Oliveira*
A arte não é um espelho para refletir o mundo, mas um martelo para forjá-lo. O tempo é roído por vermes cotidianos. As vestes poeirentas de nossos dias, cabe a ti, juventude, sacudi-las.
Brilhar para sempre, brilhar como um farol, brilhar com brilho eterno, gente é para brilhar, que tudo mais vá para o inferno, este é o meu slogan e o do sol. Amar não é aceitar tudo, aliás: onde tudo é aceito, desconfio que haja falta de amor.
O barco do amor chocou contra a rotina diária. Não é difícil morrer nesta vida: viver é muito mais difícil. Ressuscita-me para que o pai seja ao menos o Universo e a mãe, no mínimo, à Terra.
Cada um ao nascer, traz sua dose de amor. Mas, os empregos, o dinheiro, tudo isso, nos resseca o solo do coração. O coração tem domicílio no peito. Comigo a anatomia ficou louca. Sou todo coração.
Que os meus ideais sejam tanto mais fortes quanto maiores forem os desafios, mesmo que precise transpor obstáculos aparentemente intransponíveis. Porque metade de mim é feita de sonhos e a outra metade é de lutas.
Cubram-me com sorrisos, que eu, poeta, com flores, os bordarei na blusa amarela! Chama-se poeta justamente o homem que cria estas regras poéticas. Sem forma revolucionária não há arte revolucionária.
*Vladimir Vladimirovitch Maiakovski (Baghdati, Império Russo, 19 de julho de 1893 — Moscou, Rússia, 14 de abril de 1930), também chamado de "o poeta da Revolução"*. (TRANSCRITO NA ÍNTEGRA POR ANTONIO GUIMARÃES DE OLIVEIRA. DATA: 17.02.2025. SÃO LUÍS-MA).
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