domingo, 9 de março de 2025

O salário da virtude - Texto/crônica do Momento Espírita de hoje


O salário da virtude

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Paulo de Tarso, o Apóstolo dos gentios, foi o responsável pela difusão do Evangelho de Jesus, além fronteiras do seu próprio povo.

Entendia ele que a mensagem de Jesus era tão grande que deveria alcançar o mundo.

Fez quatro grandes viagens, a pé, de barco, a cavalo, fundando inúmeras comunidades cristãs. Também fortaleceu células embrionárias existentes.

Reconhecendo a demora das viagens e por não ser possível se fazer presente nas comunidades nascentes, tanto quanto era necessário, escreveu cartas a fim de orientar os seus responsáveis.

Surgiram assim as epístolas, que até hoje nos servem de roteiro de trabalho e burilamento pessoal.

Em uma delas, escreveu que o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna.

Dessa maneira, podemos concluir que o salário da virtude é a vida.

Reforça esse entendimento quando recordamos os apontamentos do Evangelista João registrando que Jesus afirmou que Ele viera ao mundo para que tivéssemos vida, e vida em abundância.

Se desejamos o salário da virtude, que é essa vida abundante, basta que iniciemos a nossa transformação moral e comecemos a trilhar o caminho do bem.

Importante nos conscientizarmos de que, se tudo nos é lícito, nem tudo nos convém.

Ou seja, somos livres para fazer nossas escolhas, mas colheremos o que plantarmos, pois não se colhem figos dos espinheiros ou uvas das rochas nuas.

Não atingiremos a perfeição em uma existência, nem em duas, ou em dez. Mas é possível, a pouco e pouco, avançar, com a certeza de que virtude conquistada jamais será perdida.

Nosso destino final é a perfeição, ainda e sempre atendendo ao convite do nosso Modelo e Guia: Sede perfeitos como vosso pai celestial é perfeito.

Renovar-nos, vivermos a vida e florescer onde o Pai nos situou, com simplicidade e honestidade, é o de que precisamos.

Cabe-nos identificar nossos defeitos e principiarmos por trabalhar para nos libertarmos deles. Um de cada vez, pacientemente, como o escultor vai burilando o bloco de mármore, para apresentar a beleza escultural da estátua.

Com boa vontade e autoconhecimento, alcançaremos esse nosso intento.

*   *   *

Façamos brilhar a nossa luz, a centelha divina que está em nós. Herdeiros do Universo, colaboremos para iluminá-lo. Sempre mais. Tornemo-nos estrelas.

Sejamos persistentes.

Há sombras, dificuldades e problemas?

Exatamente esse panorama nos deve merecer o maior empenho. Projetar luz onde a sombra estagia.

A conquista da vida eterna, cujo salário é o cumprimento do dever, deve ser alicerçada na vontade firme e determinada de progredir.

Renovemo-nos, pois, no dia de hoje, onde estivermos.

Olvidemos as linhas curvas de nossas indecisões e façamos de nosso esforço a linha reta para o bem com a vontade do Senhor.

Os pontos minúsculos formam as figuras gigantescas.

As coisas mínimas constroem as grandiosas edificações. Retiremo-nos das regiões escuras da morte, na prática do mal, para que nos tornemos dignos da vida eterna, que é dom gratuito de Deus.

Redação do Momento Espírita, com base no cap. 122, do livro Vinha de Luz, pelo Espírito Emmanuel, psicografia de Francisco Cândido Xavier, ed. FEB.
Em 8.3.2025


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