*****
Num primeiro momento, quando ouvimos a indagação, respondemos de imediato: É claro que somos do bem. Trabalhamos, temos nossa família, participamos de reuniões em nosso templo religioso.
Somos cidadãos honrados.
Cabe-nos, no entanto, irmos um pouco mais fundo em nosso autoexame.
Será que, como cidadãos, cumprimos todos nossos deveres, sem precisar que alguém esteja de olho em nós?
Somos realmente corretos em todas as nossas ações?
Soubemos de uma advogada que compareceu a um serviço de fotocópias para duplicar páginas de um processo judicial.
Solicitou que a atendente providenciasse cópia das vinte primeiras páginas. Quando as recebeu, comentou que se enganara. Na verdade, precisava somente das quinze primeiras.
Então, a funcionária calculou o valor e lhe entregou uma nota para que pagasse pelas quinze cópias.
A advogada, contudo, disse que pagaria por todo o trabalho feito. Afinal, ela pedira as cópias e deveria pagar por todas as que encomendara.
Uma senhora, que estava no balcão, aguardando a sua vez para ser atendida, muito admirada, perguntou: A funcionária cobra a menos e a senhora vai pagar o certo?
Exatamente, respondeu a interpelada. Precisamos ser honestos.
A atitude parece inédita, embora ocorra de forma mais frequente do que imaginemos.
Afinal, a pessoa de bem age, simplesmente, sem alarde. Faz o correto, paga o correto, fala o correto, defende o que é certo, esteja alguém olhando ou não.
A pessoa de bem não se utiliza de falsos mal-estares para conseguir mais um dia de folga, no feriado que se anuncia.
A pessoa de bem não inventa desculpas tolas para sair uma hora antes do final do expediente, porque deseja aproveitar a estrada antes que todos se encaminhem para as viagens de final de semana.
A pessoa de bem admite o erro, quando o comete, assume a responsabilidade e se dispõe a consertar, ajustar o que seja necessário.
A pessoa de bem é aquela que leva muito a sério os seus valores morais. No papel de pai ou educador, se esmera em exemplificar isso para os seus filhos ou educandos.
* * *
Honestidade é característica da pessoa de bem. Uma virtude que exige que deixemos a zona de conforto dos nossos interesses pessoais para agir de maneira clara e exata.
Comentam nossos avós e bisavós que, em sua juventude, a palavra de um homem valia mais do que qualquer papel.
Se alguém se comprometia a executar uma tarefa com certeza a realizaria da melhor forma.
E, utilizaria primorosa matéria-prima.
Se alguém contraía uma dívida, sua palavra de homem de bem não exigia que assinasse papel algum. Ele pagaria mesmo que tivesse que fazer sacrifícios enormes.
Honestidade! Admirada e valorizada pela sociedade, faz muita falta entre nós.
Para os que a abraçamos, é bússola que nos guia as ações, base sólida sobre a qual estabelecemos nossas relações duradouras.
Como um farol orientando os navios em meio à neblina espessa, ilumina nosso caminho, promovendo a harmonia e o bem-estar da comunidade em que nos situamos.
Esmeremo-nos em exemplificá-la todos os dias, em qualquer situação.
Redação do Momento Espírita, com fato extraído do artigo Para ser do bem, de Marcus De Mario, da Revista Internacional de Espiritismo nº 10, ano XCIX, de novembro/2024
Em 1º.3.2025
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Este blog só aceita comentários ou críticas que não ofendam a dignidade das pessoas.