domingo, 22 de junho de 2025

Declínio e queda do Terceiro Lula - Por Eguinaldo Hélio de Souza, professor e escritor


Declínio e queda do Terceiro Lula

Eguinaldo Hélio de Souza



Apesar de você, amanhã há de ser, outro dia.

Chico Buarque


            Dentro de campos de concentração e de nações sob ditadura, a esperança é tudo o que resta. Essa esperança, às vezes foi frustrada, às vezes foi concretizada. Judeus viram a derrota do nazismo, mas Cuba e Coreia do Norte permanecem como nações-prisões de onde muitos tentam escapar e muitos morrem nessa tentativa. Mas nada é para sempre, nem mesmo o mal.

Já temos presos políticos e exilados, com jornalistas nas mesmas condições. Temos, inclusive, cabeleireiras, vendedores de algodão doce, moradores de rua e senhoras com Bíblias nas mãos, presos como golpistas. Se não é uma ditatura, então é uma pré-ditadura se assim preferem os otimistas e os passapanistas.

Mordaças, algemas, inquéritos, censuras, amizades com ditadores, arbitrariedades e anticonstitucionalidades. Consórcio de poder judiciário-executivo. Apoio do exército e da imprensa. Legislativo calado, conivente ou cúmplice. A caminho da Venezuela, China ou Cuba, o que for mais fácil. Só não enxerga isso quem quer cegar os outros.

Há escape? A barbárie terá fim? Podemos ter esperanças? Ou ela é ilusória?

Sim, sempre podemos ter esperança. Há vozes discordantes que não foram caladas. (Ainda?). Há alguns da classe falante que despertaram de sua letargia e não conseguem ficar quietos. Há livros, cursos, políticos, jornalistas, humoristas. Ainda. O trabalho de formiguinha de alguns anos, já se transformou em trabalho de formigueiro.

E há a realidade. Sim, a realidade. Como disse alguém, o maior inimigo do totalitarismo sempre foi a realidade. Não adianta a lutadora aceitar mentalmente que sua “adversária” é uma mulher porque seu soco doerá como o soco de um homem. A trans não escapará do câncer de próstata mudando seu nome, seu gênero ou mesmo sua aparência. O urologista é o seu destino. Palavras mudam percepções, mas não a realidade.

O governo Lula 3 quer fazer acreditar que o problema é comunicação quando seu problema é essência. Concordando sem relutância com seu vice, o ladrão voltou à cena do crime, com a mesma quadrilha e os mesmos crimes. E outros novos. Esse fato, enfiado urna abaixo sobre os brasileiros, não garante adesão, concordância ou aceitação. Não muda fatos. E os crescentes índices de rejeição provam isso.

Impérios celebravam sua grandeza, poder e força, às vésperas de suas quedas. Babilônia, Pérsia e Roma que o digam. O declínio e queda do terceiro mandato do Lula está aí, cambaleando como um bêbado (estou falando do mandato). A realidade explodirá como um vulcão adormecido e seus cúmplices de modo nenhum escaparão. Quando? Não sabemos, mas o mal traz dentro de si o próprio verme que o devorará. Quem viver verá.

Tenhamos esperança.


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