quarta-feira, 22 de outubro de 2025

O homem é mesmo o bicho-homem - Artigo de Alex Pipkin, PhD em Administração


O homem é mesmo o bicho-homem

Alex Pipkin, PhD em Administração

O ser humano é uma contradição ambulante. Somos bichos — instinto, carne, medo — e, ao mesmo tempo, homens — razão, moral, consciência. O que nos distingue do resto do reino animal é saber o que fazemos. Só o homem escolhe entre o bem e o mal, e só ele pode transformar o mal em projeto.

O bicho-homem é a síntese dessa contradição. É o único animal capaz de criar o sublime e desenhar câmaras de gás, e/ou assassinar bebês na frente dos pais, fabricando a barbárie. É o ser que escreve poesia, engendra inteligência artificial e, ao mesmo tempo, projeta extermínios e sequestra civis para produzir horror e praticar a barbárie.

Como esquecer os caminhões abarrotados de corpos, as valas coletivas, os ossos empilhados como lixo humano? Como apagar da memória as crianças arrancadas das mães e fuziladas a sangue frio, os soldados nazistas executando civis em nome de uma ideologia? Como não enxergar o dia 7 de outubro de 2023, quando o grupo terrorista Hamas invadiu Israel por céu, terra e mar, e de forma brutal, assassinou mais de 1200 pessoas entre bebês, mulheres e idosos, além de sequestrar mais de 250 pessoas?

O Holocausto e o 7 de outubro não foram acidentes; foram o colapso moral do homem, que, cansado de ser homem, voltou a ser bicho. E, no entanto, esquecemos, e/ou vemos mas não queremos enxergar. O mundo que jurou “nunca mais” assiste ao renascimento do mesmo ódio contra o povo judeu.

O antissemitismo, que deveria ter morrido em Auschwitz, voltou, disfarçado de causa, militância ou discurso humanista. Os autoproclamados “progressistas”, defensores de direitos humanos e antirracismo, calam-se ou aplaudem quando o alvo é judeu. Relativizam o terror, fingem virtude, alimentam o ódio.

A esquerda radical proclama liberdade e sustenta tiranias. Sua coerência? Caos absoluto. Não há como negar! É o ódio contra os judeus. E isso precisa ser coibido. Uma coisa é pensar; outra, praticar. Ninguém precisa gostar de nós, mas é inadmissível que o povo judeu seja morto, caçado, ameaçado ou proibido de existir.

Hoje, judeus são hostilizados em universidades, impedidos de entrar em restaurantes, agredidos em estádios de futebol. Em campos onde se grita “racismo é crime”, o antissemitismo é tolerado como opinião. Cada silêncio cúmplice é um tijolo a mais na reconstrução da barbárie.

A ONU, criada para impedir o horror, tornou-se cúmplice moral desta perversão. Ditaduras, teocracias e assassinos erguem o dedo para julgar Israel, a única democracia real do Oriente Médio. A ONU que deveria proteger vítimas absolve terroristas sanguinários, ditadores e teocratas doentios. Hipocrisia pura.

É o bicho-homem com crachá diplomático, recitando direitos humanos enquanto ignora o sangue judeu sendo derramado. Líderes populistas ideológicos, como Lula no Brasil, alimentam ostensivamente o ódio contra os judeus. Até quando? Surreal. Onde vamos parar?

Talvez no mesmo lugar de sempre… Onde o bicho mata e o homem esquece, onde o bicho odeia e o homem troca a memória pela conveniência. O “nunca mais mesmo” não é ritual ou uma mera frase feita. É um limite moral! Esquecer é cruzar a fronteira do bem e adentrar a barbárie.

O que se deseja é à incivilidade e à barbárie? Factualmente, o que se quer é renunciar à própria humanidade? Eu sei; deveríamos saber. Lembrar é resistir. E resistir, hoje, é mais do que obrigação histórica. É, na verdade, o último gesto de dignidade do homem antes que volte a ser apenas bicho.

A proteção do povo judeu e da própria ideia de democracia é uma necessidade urgente. É hora de agir, de resistir ao ódio e à intolerância, e de defender a liberdade e a justiça. O silêncio é cúmplice, e a ação é necessária.

A humanidade precisa se lembrar de que o ódio e a intolerância são inimigos da liberdade e da justiça. É hora de agir, de resistir, e de defender a dignidade humana.


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