Um total de 178 mil estudantes que iniciaram neste ano a solicitação de crédito do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies), do governo federal, não tiveram o processo consolidado. Com isso, ficaram de fora do programa, considerado uma das vitrines, na área educacional, do segundo mandato de Dilma. De acordo com reportagem da Folha de S.Paulo, o número foi apresentado pelo Ministério da Educação à Justiça Federal, que derrubou liminares que prorrogavam o prazo de inscrições no programa federal, inicialmente previsto para 30 de abril.
De acordo com a matéria, na semana passada, o ministro da
Educação, Renato Janine, já havia informado que a pasta chegou ao limite
orçamentário disponível (R$ 2,5 bilhões) e, por isso, prorrogar a data teria
efeito “inócuo”. O governo afirma que aceitar as inscrições desse grupo de 178
mil estudantes poderia gerar impacto orçamentário e financeiro da ordem de R$
7,2 bilhões, dos quais R$ 1,8 bilhão somente em 2015, se considerados o valor
médio das semestralidades financiadas. No ano passado, entretanto, nenhum
pedido de crédito do Fies deixou de ser atendido. Este ano, em que não há
eleição, o governo negou acesso ao financiamento estudantil, embora jamais
tenha dito, na campanha eleitoral de 2014, que restringiria as vagas aos
estudantes que desejassem ingressar no Fies.
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