De HS
Não há dúvida que a crise brasileira é muito grave, talvez a mais grave de toda a história republicana, sendo, pois, de previsões catastróficas se não forem tomadas medidas sábias, sem grandes traumas, porém, com rígido rigor no controle dos gastos públicos, combatendo-se com patriotismo e coragem todos os focos de corrupção para afastá-los de vez do país. É necessário o retorno da ética na política com o afastamento de todos os que causaram danos à Nação.
Vejo com muita preocupação o Maranhão, um estado pobre
com uma população, na sua grande maioria, mergulhada em extrema pobreza.
A crise no Maranhão vem muito antes do governo do PT, que
atolou o Brasil neste caos evidente de hoje, construindo uma aliança da
incompetência com a corrupção, causa de tudo isso que estamos a ver!
No Maranhão aliaram-se a ambição, o ciúme, a inveja, o
ódio, a traição, a incompetência e outras coisas mais em nome do poder. Ninguém
queria perder o espaço político do “posso, quero e mando”, embora todos com
origem na mesma fonte. Havia uma sede pelo poder, como ainda há. O senador José
Sarney e o então governador José Reinaldo travaram uma luta sem trégua, com
troca de acusações graves e até muitas de cunho pessoal.
O senador Sarney se queixava da traição não apenas de Zé
Reinaldo, porém, também, de outros que acompanharam o governador. O senador se
apresentava como vítima!
No dia 31 de março de 2006, José Sarney escreve e publica
o artigo “O Nordeste e o inferno de Dante”. Em quase todo o texto, o senador
faz um longo histórico sobre a vida nordestina antes de entrar, já no final do
seu escrito, na linha do sofrimento e afirma: “Pior estou eu, contemplando o 9º
círculo de Dante, o dos traidores. Olho a última volta, dos que atraiçoaram os
amigos, onde Lúcifer eternamente mói Judas, Brutus e Cássio.”
O senador Sarney não identificou a quem se referia como
Judas, Brutus e Cássio, mas muita gente no Maranhão ligou as referências com
quase todo mundo acertando quem era quem nessa história.
Passaram-se nove meses!... Fim do governo de José
Reinaldo e posse do dr. Jackson Lago, dia 1º de janeiro de 2007.
Um dia antes, 31 de dezembro de 2006, um domingo, o
senador José Sarney publica um dos mais duros artigos (O Fim do Fim) contra o
dr.José Reinaldo, o governador que deixava o cargo. O senador fez um histórico
de mágoas em todo texto, iniciando com uma frase marcante: “Amanhã temos uma
data grandiosa para o Maranhão: deixa a cadeira de governador que desonrou e
vai para a sua insignificância o judas José Reinaldo.”
No final, o senador Sarney termina o seu artigo com uma
proposta: “Afinal, se me dessem a oportunidade de uma sugestão eu diria: lavem
com sal grosso o Palácio dos Leões para limpar a sujeira. Vade retro.”
O senador parecia uma alma ferida!
Hoje, passados nove anos, pelo que o horizonte aponta, o
caminho da reconciliação se abre, com as porteiras escancaradas – dizem eles –
em nome do Maranhão...
O que dizer? Não sei... A história política é assim: as
portas nunca ficam fechadas para sempre!... Tudo, todavia, dependendo dos
interesses e das oportunidades...
De HS, sem saber o que dizer...
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