De HS
"Os Doutores José Sarney, José Reinaldo, João Castelo e Luiz Rocha poderiam ter promovido o desenvolvimento e o progresso do Maranhão, mas esqueceram..." - (De HS, direto da redação do blog)
Acho que o zé pensa que somos bobinhos na política, prontos para a engolida de qualquer "tese" que ele agora diz, escreve ou manda alguém falar em nome dele. Assim é o zé do basquetebol. Ele imagina e acredita que o povo é cesta pra ele encher de bola, na maioria de três pontos, e sair pra galera!
Li ontem o novo artigo do zé!... Dormi espantado!... O zé foi deputado (voltou agora para ser deputado, novamente), foi ministro e governador... Foi troço muito - como diria minha avó - pelas mãos do josé. Alias, o josé foi também santo protetor do joão do basa, do luiz de balsa - este último pai do roberto -.
Por coincidência, todos (o zé, o joão e o luiz) foram governadores pelos caprichos e vontade do josé... E o josé, como o mais sabido de todos, foi mais além..., chegando a comandante chefe da República.
Há outra coincidência que a história registra: Todos - o josé, o zé, o joão e o luiz - são nascidos da década de trinta. O josé nasceu primeiro, por isso, aprendeu primeiro e mais! O seu nascimento foi exatamente seis meses antes da Revolução de Trinta, o movimento que levou Getúlio ao poder e depôs o presidente Washington Luís.
Faço uma pausa!...
Lembro que em nosso país estudam-se muito os vitoriosos, nunca os caídos. Quem conhece a história de Washington Luís? Pouca gente. Mas todos sabem demais da história marcante do Getúlio, o GG...
E agora, para encerrar o café da manhã, convido você para ler o novo artigo do zé, na sequência desta crônica do amanhecer... É só clicar em Leia Mais:
Pacto e debate público
José Reinaldo Tavares
Há muito tempo não se via no Maranhão uma ideia despertar
tanta atenção da sociedade, e isso se deu em todo o estado. Porém, muitos dos
autoproclamados “formadores de opinião” simplesmente procuraram evitar o
debate, preferindo a tática da desqualificação, ora do autor da ideia, ora da
própria ideia. Passaram até a me agredir e a tentar me desqualificar
pessoalmente.
No entanto, o
mais curioso é que nenhum desses me convenceu de que estou errado. Sabem por
quê? Porque ninguém debateu a ideia; todos se limitaram a bater em Sarney,
entendendo que aquilo teria causas ocultas e que eu estaria na verdade
reabilitando o ex-senador, que, a partir daí, passaria a dividir o governo com
Flavio Dino. Meu Deus, que paranóia, pobreza de pensamento e medo do debate
verdadeiro!
De fato, essa é
uma questão preocupante, pois estamos nos acostumando apenas ao linchamento
moral das pessoas de quem não gostamos. Não é à toa que estão ocorrendo tantos
casos de linchamento reais de pseudocriminosos. Parece-me mais um perigoso
fundamentalismo.
Por que não perguntar à população o que
pensa? Bastam duas perguntas: “você ouviu falar da proposta do pacto”? “Você
acha que os políticos do Maranhão - de todos os grupos políticos - deveriam se
unir para defender projetos importantes para o desenvolvimento do Maranhão”?
É provável que
tenham uma surpresa... Estive na Rádio São Luís, no programa do Rogério Silva,
por cerca de uma hora e meia com microfone aberto a perguntas, e a grande
maioria dos comentários, na verdade, foi de apoio à proposta. Deveríamos fazer
uma pesquisa.
Será que estou
pondo Flávio Dino em risco? Flávio terá sempre o meu apoio, ele está fazendo um
ótimo governo e sairá facilmente vitorioso sobre qualquer um se for para a
reeleição. Não acredito que ainda teremos um membro da família Sarney
concorrendo ao governo.
Agora me
respondam: quem (para valer!) enfrentou Sarney mais do que eu? Enfrentei-o
quando ele estava no auge do poder. Quem apanhou mais do que eu, que até preso
fui? Quem se sacrificou pela vitória de Jackson Lago a ponto de deixar o sonho
de ir para o Senado a fim de me manter no governo até o último dia?
Esqueceram-se disso? Jackson venceria o pleito sem mim? Tenho certeza de que
não, e me refiro ao seguinte: Jackson queria ser candidato único do governo.
Ele contra Roseana. Eu de pronto recusei, porque seria derrota certa. Ele ficou
furioso, deixou de falar comigo por mais de um mês, fez sua esposa pedir
exoneração do cargo de Secretária da Solidariedade e por aí foi. Alguns amigos que tentaram convencê-lo de
que eu estava certo chegaram a ouvir dele: “vocês não estão entendendo, Zé
Reinaldo é um agente do Sarney infiltrado na oposição para acabar conosco”.
Realmente não me
importei. Jackson era um homem de bem, mas que estava muito estressado na ocasião.
Tanto que antes ainda do primeiro turno ele me procurou para dizer que eu
estava certo e pedir desculpas pelo que disse. Gesto de um grande homem. Ney
Bello assistiu a essa conversa.
Poucas pessoas se
expuseram tanto à ira de Sarney, como eu e Lourival Bogéa. Sofremos muito - e
na pele - por isso. E ele (que, mais do que ninguém, poderia ter uma outra
atitude) fez, agora, um editorial excelente, chamando a atenção dos críticos
para o cerne da questão e defendendo a discussão da ideia.
Não falei com o
governador sobre o pacto. Não queria envolvê-lo em nada prematuramente. A
responsabilidade é só minha. No entanto, logo que assumiu o mandato, ele fez um
discurso a uma plateia de prefeitos em que foi muito elogiado ao dizer que
trataria todos do mesmo jeito, não importando se votaram nele ou não, se eram
ou não do grupo Sarney, que o compromisso dele era com o Maranhão e ali todos
representavam o povo maranhense.
Pois bem, o
ataque desqualificador que mais se repete por aí é o de que Sarney mandou
durante cinquenta anos e nada fez pelo Maranhão. Por que faria agora? À
primeira vista parece correta a pergunta, mas não é, pois não é essa a questão.
Não vou, meus caros, aderir à pauta do Sarney! É o contrário: o chamado é para
que ele adira à nossa, à do governador, à do Maranhão. Há mais de dez anos não
falo nem vejo Sarney. Não sei o que pensa nem se está disposto.
Ademais, eu tenho
direito e a obrigação de externar o que penso e o que sinto; mormente, a partir
de minhas impressões e presença constante, diária, na Câmara Federal, que é uma
Casa, sobretudo, política. O horizonte que se prenuncia é um horizonte de
mudança profunda no país e é muito provável que outros grupos assumam a
Presidência e o poder. Se Lula cair - e tudo leva a crer que isso pode
acontecer -, Dilma cairá junto. Nesse cenário, é muito provável que Michel
Temer, o atual vice-presidente, assuma a Presidência da República sob grande
crise política.
Flávio continuará
a fazer um ótimo governo, mas o nosso atraso é tão grande, que precisaremos
muito eleger alguns projetos estruturantes, projetos de interesse de estado,
acima de governos, o que só faremos com a ajuda de todos, para termos,
consequentemente, o apoio de todos. Temos que discutir que projetos serão
esses, e isso terá que vir por meio de um amplo entendimento.
A Folha de São
Paulo de domingo escreveu, em editorial, que “a crise política começa a impor a
necessidade de alguma forma de consenso que coloque os interesses nacionais em
primeiro lugar”. E então? Será que atitudes como essa só serão boas para o
Brasil, mas não se aplicam ao Maranhão?
Por fim, exporei aqui, mais uma vez, qual seriam os meus
projetos para o Pacto: primeiro, seria implantar o Instituto Tecnológico do
Nordeste em Alcântara; ou seja, trazer a melhor escola de engenharia do Brasil
para cá. Ela permitiu a vitoriosa indústria aeronáutica brasileira e a difusão
tecnologia de ponta no sudeste.
O segundo seria o
“Super” Porto do Itaqui, para ser o parceiro concentrador de carga do Brasil
para o Canal do Panamá. Isso exigirá muito investimento, e se não o
conseguirmos, vamos perder o lugar para o Porto de Pecém, no Ceará.
O terceiro
escolhido por mim seria o transporte de massa de São Luís e da região
metropolitana, a ser feito com VLT e trens, com terminais modernos e tudo
integrado para dar rapidez e conforto ao passageiro. Hoje temos um dos piores
sistemas do país.
Em quarto seria a
implantação de um moderno sistema de logística em todo o estado, capaz de
racionalizar o transporte de cargas e passageiros em todo o nosso território.
E em quinto seria
um centro de alto nível para a formação de professores para o ensino
fundamental e básico, única forma capaz de dar qualidade ao ensino público no
nosso estado.
É evidente que em um Pacto as prioridades
poderiam ser outras. Mas que fossem todas muito importantes e discutidas à
exaustão.
Alguém poderia
ser contra? Impossível. Há algum cargo público envolvido? Não.
Esse é o pacto
que propus. Vamos deixar de picuinhas sem sentido.
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