Jersan Araújo
Quase diariamente têm-se informações sobre antros de
corrupção. Como se não bastassem os escândalos do mensalão e da Petrobrás,
funcionários do IBAMA, da Receita Federal e até do Ministério Público são
investigados por prática de fraudes, em nome das funções que exercem. Membros
de tribunais de justiça, país a fora, também, vez por outra, são citados por
envolvimento em atos ilícitos. Na Câmara Federal, alem do presidente, dezenas
de outros parlamentares respondem a processos na Justiça. No Tribunal de Contas
da União, nos Ministérios da Pesca e do Trabalho há suspeitas de
irregularidades. Todo mundo sabe, aliás, porque o presidente do PDT, Carlos
Lupi, foi demitido do cargo, em 2014.
O ex-presidente Lula e o filho dele, Lulinha, são citados
pelo delator Fernando Baiano de terem se beneficiado com o dinheiro sujo do
“petrolão”. E o preço alto dessa falta de vergonha quem paga é o sacrificado
povo brasileiro. No Maranhão chega ao
conhecimento público resultados de auditorias feitas pelo atual governo, que mostram
as falcatruas levadas a efeito na gestão anterior e que causaram grande
prejuízo ao erário. Falta o ressarcimento do valor roubado, por parte dos
beneficiários.
Dívidas de grandes
empresários brasileiros e de estatais para com o governo federal atingem cifras
impressionantes: cerca de R$ 1 trilhão. Uma vez cobrado e arrecadado, esse
dinheiro seria suficiente para tapar os rombos, por exemplo, do orçamento de
2016, reajustar substancialmente os salários dos diversos segmentos do
funcionalismo público e, ainda, se essa é a prática comum turbinar as propinas
àqueles gananciosos, sem vergonha, que não conseguem viver sem elas...
Essas contradições
que nos leva a entender que o Brasil é rico apesar do governo torná-lo pobre,
aos nossos olhos, já que grita contra quando o assunto é aumentar salários de
servidores públicos ativos ou inativos, deixam registrada a perplexidade da
sociedade e a dúvida sobre uma questão: (in) competência de gestão.
O noticiário destaca diariamente que mais de 52% das
famílias brasileiras estão inadimplentes, com seus nomes sujos no SPC e SERASA.
Mas, com certeza não constam desse percentual, políticos de mandato, dirigentes
de órgãos públicos e a chamada elite nacional. Estão lá cidadãos e cidadãs da
classe média (hoje mais pobre do que nunca) e a miserável. Esta sofre por não
pagar o “quitandeiro” do bairro onde mora e, por cima, é cobrada diretamente
pelo credor e humilhada. Não há humilhação maior. E vem aí mais corrupção com
Lula e Lulinha no comando...
E POR FALAR EM MAIS CORRUPÇÃO...
Nos porões do Palácio do Planalto está em curso - segundo se
entende pelo noticiário político nacional – um acordo espúrio entre a bancada
do PT na Câmara Federal, sob o olhar de “quero mais” de alguns peemedebistas,
tipo: “não mexa comigo e eu não mexo contigo”. Concretizado o acertado o
presidente da Câmara, deputado Eduardo Cunha esqueceria ou dificultaria a
apreciação dos pedidos de impeachment que tramitam na Casa contra a presidenta
Dilma Rousseff (PT) e os deputados da base aliada deixariam Cunha livre da
cassação do seu mandato, na Comissão de Ética. Ora, isso é mais corrupção. E
das “brabas”... E pra justificar as tramóias, o governo adiou a extinção de
três mil cargos comissionados, imbu tido na proposta “cortes de despesas do
Poder Executivo”. Só lorota. Quem está pagando a conta do desgoverno são os
contribuintes, e pronto. Dane-se quem quiser. Os cargos continuam à disposição
do governo para negociar apoios de parlamentares.
Para o governo e o PT não interessam os meios. O importante
é a manutenção do poder em suas mãos. A opinião do povo que elegeu Dilma, na
ótica dela e do PT não pode mudar. Arrependido e revoltado o povo quer vê-la
fora do Palácio do Planalto, mas isso não é levado em conta por ela, muito
menos pelos seus representantes no Congresso Nacional que não cansam de
repetir: “a presidente Dilma foi eleita legitimamente por mais de 54 milhões de
votos”. É... Ninguém tem o direito de voltar atrás...
MUDANÇA NO IPHAN
A superintendente do Instituto do Patrimônio Histórico e
Artístico Nacional – IPHAN – arquiteta Kátia Bogéa deverá ser substituída no
cargo, dentro de poucos dias, pelo apadrinhado do deputado federal Waldir
Maranhão, Alfredo Costa Neto. Alfredinho, como é mais conhecido, porém, não
demorara na função já que pretende ser candidato a prefeito, em 2016, do
município de Carolina onde Waldir, no pleito passado, obteve 200 votos
“arranjados” por ele (Alfredo). Segundo informações de pessoas próximas do
futuro superintendente, são mínimas as chances de ele ser eleito e que, por
isso, Alfredo Neto, assumindo o novo cargo poderá desistir de enfrentar as
urnas.
Como secretário –
adjunto da Secretaria das Cidades, conforme denúncia encaminhada à coluna, ele
esteve em Carolina por algumas oportunidades em carros oficiais, sempre
acompanhado de amigos e assessores. Essa disponibilidade de veículos Alfredinho
não terá no IPHAN. A não ser que ele os adquira depois de assumir o cargo.
Kátia Bogéa executa um trabalho dinâmico à frente do
instituto, em defesa do patrimônio histórico e artístico do Maranhão. Espera-se
que o seu substituto, que seria grande entendedor de Fundos de Pensão,
desenvolva com disposição e competência a missão que lhe será atribuída.
CADÊ O EDITAL?
Há um mês o presidente da Câmara Municipal de São Luís mandou
o Edital que objetiva a abertura de licitação para contratação do banco que irá
administrar as contas daquele poder para ser “revisado” e até agora, tudo
indica, a Procuradoria Jurídica e a Comissão de Licitação, não deram “conta do
serviço”. Alguns vereadores criticam “em off” a falta de pulso do chefe, mas
não têm coragem para cobrar providências sobre esse e outros casos que travam a
administração da Casa. E assim o tempo passa e nada acontece.
INSATISFAÇÃO DOS TAVARES
Uma fonte confiável revelou à coluna que o ex-deputado
Marcelo Tavares, secretário – chefe da Casa Civil do Governo do Estado, não
estaria nada satisfeito e que só ainda não pediu demissão, porque o tio dele,
deputado Zé Reinaldo Tavares pediu a ele que “segurasse” mais um pouco. A insatisfação
de Marcelo seria motivado pela interferência do secretário de Articulação
Política, Marcio Jerry, nas suas funções. Aliás – acrescenta a fonte – Marcelo
Tavares não decide nada, sem autorização do colega manda chuva, Marcio Jerry.
Assim não dá!... Ou será que “a cria vai se voltar contra o criador”, em
Zé?
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