Os esquemas visando salvar os mandatos de Dilma Rousseff e
do deputado Eduardo Cunha tomam rumos inacreditáveis nos altos escalões do
governo e da Câmara Federal. Cunha, estrategicamente, não toma posição com
relação aos pedidos de impeachment da presidente, enquanto parlamentares do PT
são orientados a não tocarem “fogo na fogueira”, ao contrário, esfriam, nos
bastidores, as investidas contrárias à permanência do presidente, no cargo para
o qual foi eleito pela grande maioria dos parlamentares.
Aliás, se o PT usa o argumento de que Dilma foi eleita pela
maioria do povo brasileiro e, por isso, está legitimamente, no exercício do
mandato, atribuindo como golpe à tentativa de cassá-la, sabe que o presidente
da Câmara, eleito por grande maioria da Casa, nesse sentido, tem o direito de
defender a manutenção do seu mandato. É uma coisa só: ambos são acusados da
prática de irregularidades, direta e indiretamente, causando prejuízos ao país,
mas, mesmo repudiados pela população, foram eleitos para os cargos que ora
exercem, portanto imunes, na ótica do PT, a quaisquer iniciativas que visem
afastá-los dos respectivos mandatos.
Mas, nesse jogo de veteranos, devido às falcatruas atingirem
diretamente o presidente da Câmara: contas bancárias no exterior, lavagem de dinheiro,
propina, dentre outros crimes, as atenções se voltam mais contra ele, no
momento, do que contra Dilma que, pessoalmente, não teria se beneficiado com o
ilícito. Conclui-se que ele (Cunha) está mais próximo da beira do abismo do que
a presidente que já conta com maioria nas duas casas (Câmara e Senado) para
fazer valer a vontade dela e de Lula: a permanência no poder, a qualquer preço.
O esquema é forte.
PROVA DE FOGO
O presidente Renan Calheiros marcou para a próxima
terça-feira (17) uma nova sessão do Congresso Nacional, para discussão e
votação dos vetos presidenciais a propostas aprovadas por eles mesmos (os
parlamentares), com destaque para o reajuste dos servidores do Poder Judiciário
e o que trata da remuneração de aposentados e pensionistas do INSS, vetados
pela presidente Dilma.
Obedecendo as últimas negociações envolvendo a distribuição
de cargos nos governos aos indicados por senadores e deputados, os referidos
vetos, sob o argumento da crise em que vive o Brasil, deverão ser mantidos,
observando-se, aí, o recuo, por motivos óbvios, dos nossos “ilustres
representantes”. Alegam-se a crise que feriu de morte os cofres públicos. Tudo
bem. Mas a culpa é do funcionalismo e dos aposentados? Com certeza, não.
A culpa é da incompetência de gestão do governo e da
corrupção que, só na Petrobrás “proporcionou” ao país, até agora, prejuízo de
mais de R$ 42 bilhões, podendo atingir cifras ainda maiores. Reduzir salários,
como o fez a presidente e alguns governadores e prefeitos, é demagogia, pois eles
não dependem de salários para viverem bem. O dinheiro público os alimenta farta
e legalmente com comidas e bebidas de ótima qualidade. Quem passa fome é o povo
que eles governam.
LULA – LÁ
Cálculos feitos e publicados pelo jornalista Claudio Humberto
mostram que o ex-presidente Lula da Silva faturou, proferindo palestras, R$
53,6 milhões, (como diz) ganhou R$ 36,7 mil por dia. “Se é que trabalhou todos
os 1460 dias no período”. Lula é um monstro para ganhar dinheiro. Talvez perca
para o filho (Lulinha) que há 12 anos, como funcionário de uma empresa ganhava
um salário mínimo e hoje figura entre os homens mais ricos do Brasil. E
“trabalhando só”, pois, nas suas empresas não haveria registro de
funcionários...
CANSANDO
Os canais de TV a Cabo estão concorrendo com as redes
comerciais faturando com muita propaganda que chega a cansar o telespectador.
Além disso, a programação repetida de filmes como o “Lula, o Filho do Brasil”
que de segundo a sexta-feira é exibido no canal 80 (Claro). Ninguém agüenta!
Ninguém merece! Talvez a intenção seja a de mostrar o Lula quando criança
sofrida e líder sindical arrojado, contrapondo à sua conduta de presidente da
República e chefe político à moda antiga, dos coronéis.
ESTACA ZERO
A licitação que seria realizada na última sexta-feira (13)
na Câmara Municipal de São Luís, para contratação do banco que passaria a
prestar serviços como pagamento da folha de pessoal e concessão de empréstimo
consignado – desconto em folha – para os funcionários da Casa, não foi
realizado. Os bancos interessados – Bradesco e Santander – não apresentaram
suas respectivas cartas de credenciamento. Discordaram de detalhes jurídicos e
tudo voltou à estaca zero. O presidente da Câmara, vereador Astro de Ogum prometeu
publicar nos próximos dias um novo edital para a concretização da licitação e
conseqüente contratação da instituição bancária interessada na prestação desses
serviços.
Os funcionários, assim, vão continuar “pendurados” e pagando
juros altíssimos do cheque especial e dos cartões de crédito, sem chance de
contratarem empréstimos a juros menores, através da consignação em folha. O
dilema continua. Mas, considerando que o contrato com o Bradesco expirou e faz
tempo, espera-se que o presidente não demore tanto a lançar um novo edital e
resolver o caso dentro da maior brevidade possível. Afinal, o Natal está
próximo e os funcionários merecem comemorá-lo com mais tranqüilidade.
PRESSÃO
Funcionários do Poder Judiciário e aposentados do INSS se
organizam para pressionar o Congresso Nacional a derrubar os vetos da
presidente Dilma Rousseff aos projetos aprovados pela Câmara e Senado Federal
que os beneficiam. Será realizada no dia 17, terça-feira, a sessão para tratar
desse assunto.
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