O deputado federal Betinho Gomes (PSDB-PE) considerou
‘gravíssima” a informação divulgada pela Revista Época, desta semana, de que o
Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) identificou como
‘atípica’ quase meio bilhão de reais de transações financeiras feitas por um
grupo de integrantes do PT ou ligadas ao partido.
O relatório do Coaf revela transações com indícios de
irregularidades de pessoas e empresas que se encontram sob investigação nas
operações policiais. De acordo com a reportagem, só o quarteto formado pelo
ex-presidente Lula, Antonio Palocci (ex-ministro da Casa Civil e da Fazenda),
Fernando Pimentel (governador de Minas) e Erenice Guerra (ex-ministra da Casa
Civil) realizou operações bancárias, entre 2008 e 2015, que chegam a R$ 300
milhões.
O parlamentar defende que os quatro sejam ouvidos
imediatamente pela CPI do BNDES, do qual é integrante. “São graves as denúncias
e levam a CPI a se dedicar a este fato. Temos urgentemente que ouvir as pessoas
citadas além de exigir a quebra dos sigilos destes personagens que foram
detectados no relatório do COAF. Vou propor estes encaminhamentos na próxima
reunião do colegiado para avançarmos e apurar, de fato, o que tem acontecido
nesta relação que vem se mostrando cada vez mais nebulosa entre lideranças
petistas e as empresas que financiam este suposto esquema de corrupção”,
afirmou o deputado Betinho Gomes.
Os quatro petistas são alvo de pedidos de convocação ou de
quebra de sigilos bancários, fiscal e telefônicos na CPI do BNDES, justamente
por figurarem entre os suspeitos de terem usado a instituição financeira para
beneficiar grupos econômicos com financiamentos subsidiados. Lula, Palocci,
Pimentel e Erenice também estão na mira da Polícia Federal e do Ministério
Público Federal, em operações como Lava Jato, Acrônimo e a Zelotes, por
suspeitas de lavagem de dinheiro, tráfico de influência e corrupção.
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