segunda-feira, 7 de dezembro de 2015

Flávio Dino classifica de “monstruosidade constitucional” o impeachment de Dilma

Por JM Cunha Santos


Durante entrevista ocorrida esta manhã no Palácio dos Leões, que contou com as presenças do presidente do PDT, Carlos Lupi e do presidente da Companhia Siderúrgica Nacional, Ciro Gomes, o governador do Maranhão, Flávio Dino, classificou de “monstruosidade constitucional” o processo de impeachment aberto contra presidente da República, Dilma Rousseff.
Flávio Dino se baseou no artigo 85, da Constituição Federal para frisar que a presidente não cometeu nenhum atentado contra o regime federativo, não impediu o exercício do Poder Legislativo, nem do Poder Judiciário, não cometeu qualquer ato contra a segurança do país  as regras constitucionais que configuram crime de responsabilidade e podem  embasar o impedimento de um presidente.
O governador criticou também as tentativas de embasar o processo de impeachment em atos que teriam sido cometidos num mandato já extinto da presidente Dilma Rousseff. E desmentiu que em 2015 Dilma tenha aberto créditos suplementares sem cumprir metas estabelecidas na Constituição, as chamadas pedaladas fiscais. Segundo ele, o próprio Congresso Nacional reviu a meta fiscal e o exercício financeiro ainda não acabou. “Não podemos aceitar, passivamente, que rasguem a Constituição Federal”, disse Flávio Dino reafirmando que “nenhum interesse pode estar acima de democracia”.
Foi lançado, na oportunidade, o site “Golpe, Nunca Mais”, segundo Flávio Dino para lembrar a campanha “Brasil, Nunca Mais”, que denunciou os terrores da ditadura militar. “A Nação pagou caro, durante 20 anos, por um golpe (1964) chancelado pelo Congresso Nacional”, lembrou e lamentou o governador do Maranhão.

Carlos Lupi

O presidente do PDT, Carlos Lupi, recordando o governo do falecido Dr. Jackson Lago, cassado por um golpe judicial, afirmou que com Flávio Dino no governo seu partido se sente resgatado no Maranhão. Para Carlos Lupi, “o presidente do Congresso, Eduardo Cunha, não tem legitimidade para promover o impeachment de ninguém”. No momento em que resolve acatar o pedido de impeachment, Eduardo Cunha é acusado e investigado por uma série de crimes de corrupção no país.

Ciro Gomes

O ex-ministro da Integração Nacional, Ciro Gomes, cuja candidatura a presidente da República foi lançada por Carlos Lupi durante a entrevista, afirmou que em uma única circunstância pode ocorrer o impeachment de um presidente: no caso dele mesmo cometer crime de responsabilidade o que, conforme Ciro Gomes, não é o caso de Dilma Rousseff.
Ciro Gomes fez severas críticas ao governo, mas disse que, acima de tudo, precisamos defender a democracia. “Não podemos tolerar que um grupo de mafiosos derrube o regime democrático”, disparou.
Flávio Dino encerrou a entrevista, não sem antes reiterar sua convicção de que “O Supremo Tribunal Federal jamais vai permitir que a Constituição seja rasgada dessa forma”.

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