(Da Folha)
Eduardo Cunha (PMDB-RJ) teve o apoio de apenas 61 deputados
na votação de sua cassação —10 parlamentares defenderam sua absolvição, 9 se
abstiveram e houve 42 ausências.
Entre os que se posicionaram contra a punição ao
peemedebista está o líder do governo de Michel Temer na Câmara, André Moura
(PSC-SE). Alçado à função devido ao apoio de Cunha, o deputado só foi ao
plenário nos últimos minutos da votação e apertou o botão de abstenção.
Outros que se mantiveram ao lado do agora deputado
cassado foram os deputados Marco Feliciano (PSC-SP), Carlos Marun (PMDB-MS) e
Paulinho da Força (SD-SP), que votaram por sua absolvição, e Jovair Arantes
(PTB-GO), que não apareceu na sessão.
O PMDB e os partidos do chamado "centrão" (PSD,
PP, PR, PTB e PRB, principalmente), que eram a base de sustentação política de
Cunha, o abandonaram na reta final.
No partido de Cunha, 52 da bancada de 66 votaram para
cassá-lo, entre eles o líder da bancada, Baleia Rossi (PMDB-SP). No PSD, 33 de
35, entre eles Rogério Rosso (DF), líder da bancada, que teve o apoio do
peemedebista na sua candidatura à presidência da Câmara, em julho.
PP (39 de 47) PTB, (13 de 18), PR (33 de 42) e PRB (21 de
22) também votaram majoritariamente pela perda do mandato do peemedebista,
entre eles o candidato à Prefeitura de São Paulo Celso Russomanno (PRB) e o
ex-prefeito Paulo Maluf (SP).
O PSDB e o PT votaram em peso pela cassação. Não houve
nenhuma ausência nessas duas bancadas, que estão entre as maiores da Câmara. No
DEM, houve quase a totalidade contra Cunha. Só Marcos Soares (RJ) se ausentou.
Autores da representação que resultou na cassação de
Cunha, PSOL (seis deputados) e Rede (quatro) também votaram em sua
integralidade contra o ex-presidente da Câmara, incluindo a candidata à
Prefeitura de São Paulo Luiza Erundina (PSOL).
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Este blog só aceita comentários ou críticas que não ofendam a dignidade das pessoas.