Leda Letra, da ONU News em Nova York.
A Comissão Econômica da ONU para América Latina e Caribe,
Cepal, divulgou nesta quarta-feira suas projeções de crescimento para a região
em 2017, que deverá ser modesto, de 1,3%.
A Cepal destaca que as incertezas sobre a economia
mundial continuarão influenciando a performance dos países da região. A América
do Sul será beneficiada pela melhora nos preços das matérias-primas. Já no
Caribe, o turismo vai contribuir para o crescimento econômico de 1,3%.
Brasil
Na análise feita por país, a projeção para o Brasil é uma
das piores: o crescimento econômico deverá ser de apenas 0,4% no próximo ano,
similar às projeções para o Equador e Trinidade e Tobago. O Brasil deve fechar
2016 com queda no crescimento de 3,6%.
Os dois países que deverão ter a melhor performance econômica
da região em 2017 são a República Dominicana, com 6,2% e o Panamá, com 5,9%. No
oposto da tabela está a Venezuela, que deverá ter crescimento negativo de
-4,7%.
Cautela
Na avaliação da secretária-executiva da Cepal, retomar o
crescimento regional "requer muita cautela e reverter a dinâmica do
processo de investimento". Alicia Bárcena explicou que isso demanda uma
forte mobilização de recursos financeiros.
O balanço da Cepal traz também números sobre a taxa de
desemprego urbano, que pode terminar 2016 com uma alta de 9%. Já a inflação
apresenta níveis diferentes entre as sub-regiões. Na América do Sul está a
10,9%, enquanto na América Central fica a 3,4%.
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